sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Saidão: Condenados à solta, população refém.

Por Nat Valarini


Tanto no natal quanto em outras datas comemorativas, parte da massa carcerária é beneficiada com a permissão para passar datas festivas com a família. O objetivo, segundo as autoridades, é ajudar o presidiário a se ressocializar. Eles entendem que o contato com parentes é de extrema importância para a reintegração do indivíduo.
Seria bom se os presos que cumprem pena em regime semi-aberto e com bom comportamento (pré requisitos básicos para que o recebimento do beneficio) realmente fossem para casa confraternizar com seus entes queridos, porém, muitos dos que saem, voltam a cometer crimes e boa parte não retorna ao presídio após o prazo de 48 horas, passando a circular livremente entre a população além do tempo que lhes foi permitido.
Por esses e outros motivos sou parcial e afirmo: sou contra o ‘Saidão’ . Esta semana, no centro de Brasília, um policial federal conseguiu chegar até seu veículo antes que fosse roubado por Anderson da Silva Santos, um dos 1043 presos liberados no Distrito Federal. O dono do carro conseguiu balear o bandido, que foi levado ao hospital e preso em seguida. Este caso é mais um exemplo claro de como a triagem dos condenados que podem ou não sair nessa época é mal feita: o criminoso Anderson possui vinte e três inquéritos policiais e já foi condenado oito vezes*. Como é que permitem uma pessoa assim ter direito à liberdade mesmo que por poucas horas?
Não estamos seguros. Durante o ano, nós já sofremos com o aumento monstruoso da criminalidade e um policiamento ineficiente. O caso que citei anteriormente foi uma exceção, pois a vítima é um policial, que possui porte de arma, treinamento necessário para atirar e conseguiu se defender, mas nem todos se esquivam desses bandidos que estão livres e amparados pela lei. O jovem Ronilton de 23 anos, morador de São Sebastião-DF, não teve a mesma sorte: foi assassinado com um tiro na cabeça na véspera de natal por um dos ‘detentos do Saidão’. Esta é uma época de repensar, reavaliar nossas atitudes. Os responsáveis pela liberação dos presos deveriam analisar se o que eles vêm fazendo é certo, quem são as pessoas que eles estão colocando de volta às ruas.
Como fica o restante de nós, a população civil trabalhadora e desarmada? Será que nos últimos dias do ano, se acaso um ladrão, um estuprador ou mesmo um assassino ‘com bom comportamento’ invadir a nossa casa, nós seremos obrigados a oferecer a outra face? Um dia um criminoso como esses, levou a vida de alguém junto com seus sonhos, seu sorriso... tudo através de uma arma e de suas mãos sujas de sangue. Tirou de um cidadão de bem a liberdade e o seu direito de viver com a família, então nada mais justo que o condenado pague por seu crime em regime fechado. Lei por lei, sou a favor de uma máxima da ‘Lei de talião’: Olho por olho, dente por dente.

*Dados da ficha criminal de Anderson foram retirados do Jornal da Globo.

PS.: O próximo saidão está previsto para o dia 31 de dezembro, véspera de Ano Novo.
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Dois novos selos:

Presenteado pelo queridíssimo Chu-chu, do blog 'Picolé de Chu-chu':
Este selo é dado aos blogueiros que realmente comentam (sem dar calotes) e participam com comentários inteligentes, não apenas a famosa frase cretina "Legal, passe lá no meu blog!".

Presenteado pela Maju do blog 'Marina Bolseiros': o selo abaixo é a prórpia descrição do conteúdo do blog, precisa dizer mais alguma coisa?

Agradeço a Maju e ao Chu-chu pela participação ativa, sensata, inteligente e ousada aqui no G.P.

Como manda a tradição, devo indicar outros blogs para receberem estes selos, eis os meus caríssimos da vez:

Assuntos de menina
RodrigoOsBunitão
Raciocínio Quebrado
Inutilidades
Blog da Kery

PS.: Os indicados podem levar os dois selos, vocês merecem!

Kiso

=*

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Blogger 2008: Foi bom para você?

Por Nat Valarini

Faltam poucos dias para o fim de 2008, como você avalia o resultado de suas postagens e parcerias neste ano?
A verdade é que, tornar nossas idéias públicas por meio de um blog pode ser uma faca de dois gumes e nós nunca sabemos qual será a conseqüência até que venha o primeiro comentário.
O público que lê é bem diverso, logo todo blogueiro, que se preze, deve ficar atento na hora de escrever, para que a mensagem que ele deseja passar seja bem compreendida e, antes de qualquer coisa, ele deve estar aberto para as opiniões que virão depois (boas ou más). Isso não cabe apenas aos textos, mas também, à imagem do próprio autor. Não tem jeito, as pessoas nunca comentam apenas sobre os seus escritos. Uma vez que as idéias expostas mostram à opinião de quem as escreve, quem lê se sente no direito de concordar ou discordar e emitir um ‘parecer’ sobre o blogueiro também.
Infelizmente, nem sempre a relação escritor/leitor é a mais amistosa, tanto por culpa do visitante que é por vezes agressivo na hora de se expressar, quanto do blogueiro, que não sabe lidar bem com os julgamentos.
Após algumas publicações viscerais aqui no GP, descobri que ganhei a notória fama de Garota Pendurada de personalidade forte. Entre os adjetivos mais usados para me descrever, dos quais tomei conhecimento, fiz a seleção dos mais curiosos: desbocada, parcial, radical, sacana, brava, exagerada, maliciosa, provocadora, desorganizada, pensativa, compenetrada, sincera, engraçada, amistosa, talentosa, ousada, descontraída, impetuosa, direta, entre outros. OK, vocês acertaram: sou tudo isso (e muito mais!).
Quando leio uma crítica, eu analiso bem e reflito sobre como este toque é bem vindo e de que forma ele pode me ajudar a perceber onde falhei e como posso melhorar. Foi gratificante notar que boa parte das pessoas gostou das postagens que publiquei aqui e que a mensagem passada através dessa página atingiu tanta gente, em geral, de forma positiva. Fazendo um balanço dos resultados, percebi que eu só tenho a agradecer pelas opiniões dos leitores que realmente leram e comentaram algo inteligente e me deram até uns bons puxões de orelha (e não por aqueles que diziam apenas: “- Legal, passe lá no meu blog!”), pois foi através dessas pessoas que pude ver os frutos do meu trabalho se multiplicando (e eu não estou falando do Adsense!).
Deste ano que se encerra, além de palavras rasgadas e um vasto vocabulário, adquiri com o Blogger muito conhecimento, algo precioso! A blogsfera me proporcionou conhecer novas poesias, contos, crônicas, análises esportivas, críticas sobre os mais diferentes assuntos, outras pessoas e por fim, fiz grandes amigos. Espero que o tempo que passamos juntos, trocando idéias e parcerias, seja tão maravilhoso para vocês quanto é para mim.
Faço através deste texto, a minha homenagem e o meu agradecimento a todos que vieram até aqui e principalmente aos melhores e mais participativos blogs (e respectivos autores), os quais tive o imenso prazer, quase orgástico (Uh-lah-lah!), em conhecer este ano.

E 'aí', foi bom para você?

PS.: Essa perguntinha cretina só é admitida em final de postagens pretensiosas como essa. Nem pense em dizê-la ao final de uma noite caliente de sexo selvagem, segundo algumas pesquisas, corta 'o clima'!

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domingo, 21 de dezembro de 2008

Cartões virtuais

por Nat Valarini

A internet está, aos poucos, substituindo o bom e velho cartão de papel. Eu, particularmente, ainda compro alguns cartões nas papelarias para distribuir entre algumas pessoas mais próximas, mas isso não me impede de recorrer ao e-mail ou orkut, especialmente se o amigo morar longe.
Além de diminuir o fluxo de correspondências nas agências dos Correios, a vantagem dos cartões virtuais está na agilidade da entrega, a variedade (com mensagens muito bem humoradas) e claro, na gratuidade do serviço.
Visitar alguma página que disponibilize os modelos como, por exemplo, o site "Mensagens Mágicas" te ajuda a escolher o que melhor se encaixa com a personalidade do seu amigo (ou com suas intenções). Eu escolhi este modelo para enviar aos meus caríssimos:


Mas de todas as opções disponíveis, cá entre nós, este aqui é um dos melhores:


É uma pena o Papai noel nunca ter colocado um exemplar deste debaixo da minha árvore! He, he, he...



Kiso
=*

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Novo selo

O blog "O Cri-critico" concedeu ao "Garota Pendurada!" este selo:
Agradeço ao Leo Pinheiro pela gentileza!


Repasso o prêmio a outros cinco (ótimos) blogs:

  1. Rodrigo OsBunitão
  2. Coisas da Vida
  3. Rumos, Ritmos, Relatos
  4. An Echo in My Mouth
  5. Grooeland

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Auto-ajuda = ajude a si mesmo!

por Nat Valarini

"Viver amanhã é muito tarde. Viva hoje" foi a frase que surgiu para mim hoje no Orkut, enquanto me questionava sobre certos assuntos espinhosos. Isso me levou a crer que há um complô para que eu vá pelo caminho tortuoso (quem tiver que entender, já sabe do que se trata!).
Voltando ao assunto, as frases encontradas principalmente em literatura de auto-ajuda, não são a solução para os seus problemas, funcionam como pequenos gatilhos que disparam apenas aquilo que há no seu interior, ou seja, a resposta está dentro de nós mesmos. Entregar a sabedoria otimista nas mãos de um cético imutável é garantia de perda de tempo, por exemplo: se afirmar para um homem que está prestes a se matar que aquela não é a solução , a única coisa que o impedirá é o fio de esperança que ainda resta nele e não uma mera frase.
Trocando em miúdos: não adiantaria nada abrir um livro e encontrar a citação "Sorria, pois a vida é bela!" se você estiver convicto de que existir não vale a pena, ou seja, se a própria pessoa não estiver aberta à mensagem, o ensinamento não surtirá efeito algum.
Antes que meus ‘fãs ao contrário’ venham mais uma vez dizer que sou radical e que exemplifiquem como já salvaram metade do planeta com filosofia de botequim, digo-lhes que não estou desmerecendo a sabedoria popular, apenas afirmo que àqueles que se beneficiam com as frases de efeito estão, antes de tudo, realmente dispostos e suscetíveis a elas, abertos a experimentação e o melhor: talvez não precisem delas, sua necessidade é de um 'algo a mais'. Afinal, há uma máxima que diz: “Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo.”
PS.: Sobre a frase que continua martelando a minha mente eu decidi fazer como a personagem do filme ‘E o Vento Levou’: “É, amanhã eu pensarei nisso, só amanhã, afinal, amanhã será outro dia!”.

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

"Não beba demais, fique limpo"

Por Nat Valarini
O título acima é a tradução livre para o título da campanha "Don't drink too much - stay gold" feita na Alemanha que busca conscientizar as pessoas sobre as conseqüências do uso excessivo de bebidas alcoólicas.
Além da frase em inglês que alerta os visitantes que chegam ao país que não falam alemão, outra grande sacada é a forma ilustrativa com a qual a mensagem chega ao seu público alvo: impressas em porta-copos, as fotos mostram momentos anteriores a bebedeira e no verso imagens de gente alcoolizada em situações constrangedoras.
Não tenho certeza se no Brasil a iniciativa atingiria bons resultados, tendo em vista que a campanha com fotos nas embalagens de cigarros acabaram virando motivo de gozação.
E vocês, o que pensam a respeito?


Visite o site e veja outras imagens e vídeos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Ho, ho, ho é o c*****o!

Por Nat Valarini


O blog sofreu uma pequena mudança no template para comemorar o natal ao meu estilo! Esta Mamãe Pinup é bem melhor que o Papai Noel, pois é mais charmosa que aquele velho barrigudo. Além disso, a figura mostra bem o que vem substituindo o espírito natalino: o espírito compulsivo! Penso que em breve vão parar de desejar "boas festas" para falar "boas compras", ainda mais nesta época. Por este motivo, ouço muita gente dizer que detesta o Natal. Gosto do natal, mas concordo quando dizem que o princípio básico desta data ficou de lado.
Ano passado atendendo a pedidos, enfeitei o local de trabalho com toda a parafernália natalina e um cliente elogiou a decoração, disse que fiz um bom trabalho e começou a falar bem da árvore de natal, comentou que já havia montado a dele e perguntou se eu já tinha montado a minha. Respondi que gosto de ajudar, mas não faço isso em casa, pois minha família não tinha esse hábito, para mim é indiferente.
No mesmo instante a revolta ficou estampada na cara do homem, e ele começou a dizer que as pessoas têm de ter o espaço para a ilusão, que aquilo fazia parte e a vida não era só a dura realidade, que nós precisamos da árvore e do papai Noel, aquilo é cultura, etc. Ele berrou até perder o fôlego.
Tentei explicar que não tive a intenção de ofendê-lo, mas quem disse que eu consegui?
Ele não parava de falar um segundo e finalizou dizendo que não estava gostando do rumo que a conversa tomou, valia a pena conversar quando as pessoas estão dispostas a dialogar e abrir a mente a novas idéias. Fiquei perplexa, pois além das frases do início do diálogo (que depois passou a ser um monólogo) eu não disse mais um “A”.
Por estar no meu ambiente de trabalho tinha que manter a pose. Passados alguns dias o cidadão retornou no dia de costume e eu o recebi com um sonoro e sincero bom dia, nós conversamos normalmente, como se nada daquilo tivesse ocorrido na semana anterior.
Dezembro me fez relembrar essa história e me levou a refletir sobre como boa parte das pessoas ainda não está preparada para lidar com as diferenças umas das outras e ainda dizem que estão plenas do clima natalino.
A maioria está repleta de ornamentos de plástico em suas casas e caraminholas na cabeça.
Não é mais fácil deixar que cada um faça suas escolhas e tenha suas preferências ao invés de tentar empurrar goela abaixo a sua verdade? Nascemos e crescemos em lugares diferentes, recebemos uma educação distinta, então por que (se puder me convença) todos deveriam gostar das mesmas coisas? Por que se preocupar tanto das outras pessoas não compartilharem das suas ilusões?
O time de futebol para o qual você torce, a roupa que veste, a cor de seus sapatos, seu corte de cabelo, onde passou as últimas férias, sua banda preferida, com quantos anos ‘perdeu’ a virgindade, se acredita em Papai Noel, se tem ou não árvore de natal em sua sala, isso é pessoal gosta e acredita quem quiser.
Não me venham com essa de ho,ho,ho.
PS.: Quer saber? Ho, ho, ho é o caralho!
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