quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Nem femista nem machista:

Na guerra entre os sexos eu prefiro ficar do lado da Cruz vermelha

Por Nat Valarini



Já faz um tempo que a mulher conseguiu mostrar seu valor e importância na sociedade e desfrutar de direitos semelhantes aos dos homens após saírem às ruas em movimentos feministas. De lá para cá, muitas mudanças significativas foram conquistadas, mas também muita água rolou por debaixo da ponte. Como estou falando de mudanças, muitas delas não vieram de maneira pacífica, mas foram alcançadas por meio da ‘guerra’. Falando de homem e mulher não foi assim tão diferente. Entre mortos e feridos, o que restou de tudo isso hoje? Scars baby... em alguns casos, cicatrizes difíceis de sarar.

A verdade é que as mulheres têm tanta capacidade quanto os homens para realizar atividades como: dirigir, assumir um cargo de chefia seja no emprego ou na família. Da mesma forma um homem pode, sim, cozinhar maravilhosamente bem, cuidar dos filhos e realizar outras tarefas tidas como estritamente femininas. A mulher de hoje quer, e com razão, ganhar salários equivalentes aos dos homens, mas nós meninas também podemos dividir a conta do restaurante, porque não?

Acho que o principal motivo das brigas entre os sexos vão além de gênero, postura e cultura. Entra na disputa de interesses muito orgulho e egoísmo. Após décadas de repressão, algumas garotas preferem não agir de determinado modo para não se tornarem vassalas e os rapazes preferem seguir à risca a forma como a sociedade ensina que um homem deve se portar para não ferir sua masculinidade. Meu caro guri, você não vai ter o pênis amputado por ajudar sua mãe a limpar a casa. E você guria, não estará transformando-se em escrava por cozinhar para o seu esposo, namorado ou mancebo.

Para algumas colegas fêmeas, é um absurdo você dizer que fez o jantar ou que passou a roupa dele, que isso é ser submissa. Na boa, sou casada e faço essas coisas para o meu esposo porque o amo e posso fazê-las por opção. Ele age da mesma forma para comigo. Perdi a conta das vezes em que cheguei a casa após um dia cansativo de trabalho e tudo estava limpo, comida feita e fui recebida com carinho e, mesmo assim, ele não deixou de ser homem por isso e também não achou que ia lhe quebrar um braço se o fizesse. De qualquer modo, esta postagem não veio para tratar de afazeres domésticos, mas sim alertar sobre alguns equívocos que aconteceram ao longo do tempo.

Vejo algumas pessoas que de feministas tornaram-se femistas. Sim, versões machistas, só que para mulheres, uma distorção do movimento feminista que busca questionar o tabu da superioridade de um sexo em relação ao outro, o femismo acredita na superioridade da mulher em relação ao homem e eu não creio que isso seja verdade. Ora, não pensem que faço o estilo subordinada nem venham apedrejar o meu blog ao lerem isso, mas, eu acredito que, quando há excessos todos tendem a perder alguma coisa. Femistas? Machistas? Para mim são todos babacas. Da mesma forma que eu não gosto de ouvir um ignorante dizer que mulher só serve para pilotar fogão, um homem não se sente muito à vontade ao ser destratado, humilhado e acusado pelo simples fato de ser do sexo oposto. Claro que há casos e casos, mas eu estou falando do lado hard da história.

Quem você pensa que é ditando palavras de ordem? São ruins tanto a ‘mulher Amélia’ quanto o homem machista que criam os filhos sem noção de respeito numa perspectiva preconceituosa. Tão ruim quanto a Amélia e o machista é a mulher mulherzinha, que grita por direitos iguais faz e acontece, mas na hora de partir para a igualdade de verdade, pula fora querendo recorrer ao seu ‘lado frágil’, acho isso uma atitude burra e também, machista! Mulher machista é foda! Sim, pior do que esses três juntos sem dúvida é a pessoa hipócrita. Sei que ainda há muito preconceito e desigualdade entre os sexos, porém eu creio que não é a intolerância que vá fazer esse quadro mudar.

Se você me disser que ao ler a postagem anterior que falava sobre “Feminicídio: a problemática da violência contra a mulher” pensou que eu era femista e que agora virei a casaca, está enganado (a)! Não aprovo ‘ismos’, acho que eles não levam a nada. Sou simplesmente uma mulher centrada que sabe e gosta de ser mulher e que gosto e sei reconhecer o valor de um homem de verdade, sem tantas máscaras, apenas o ser humano, dentro de suas necessidades e limitações, onde ambos os sexos se complementam. Nós vivemos em um planeta caos que deve ser melhorado com a cooperação de todos, não estamos na ilha das guerreiras amazonas, nós precisamos dos homens e eles de nós.

Vamos sim, lutar por um mundo mais justo, mas para todos, homens e mulheres, pois se for armada uma nova guerra, eu não darei pitaco em nenhum dos lados, vou socorrer os feridos junto com a cruz vermelha.

Fala-se muito em paz e igualdade, briga-se (ao invés de reivindicar) por muito pouco.

Para saber mais:

Dedico esta postagem a todos que lutam pelos princípios básicos Liberté, Egalité, Fraternité (Liberdade, igualdade e fraternidade).

Page copy protected against web site content infringement by Copyscape


Creative Commons License
Nem femista nem machista: na guerra entre os sexos eu prefiro ficar do lado da Cruz vermelha by Nat Valarini is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Based on a work at garotapendurada.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://garotapendurada.blogspot.com/.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Feminicidio: a problemática da violência contra a mulher

Por Nat Valarini


Estamos no ano de 2008, com tanto acesso a informação e a educação, ainda hoje um hábito ultrapassado e carrancista paira em nossa sociedade: o domínio sobre a mulher através da força e humilhação. Não é incomum vermos na mídia casos de crimes baseados em gênero, ou seja, homens justificado atos de violência contra as mulheres em nome da honra e do orgulho de macho ofendido.

Quem não se lembra do caso Sandra Gomide (foto ao lado), assassinada pelo ex-diretor do Estadão, Pimenta Neves, inconformado por ter sido rejeitado após o fim do relacionamento, o jornalista assassinou Sandra friamente e apesar da barbárie que cometeu está livre, desfrutando de toda liberdade, mesmo tendo sido condenado. O exemplo mais recente e muito divulgado é o caso Eloá. Motivado por ciúme o ex-namorado seqüestrou a moça e após mantê-la refém por aproximadamente 100 horas, matou a jovem de 15 anos com dois tiros e baleou sua amiga Nayara. Casos como estes não são simples crimes passionais, mas sim o retrato escancarado da violação dos direitos da mulher.


Não é possível que os meios de comunicação ainda abordem casos como estes numa atmosfera de romance como se estivessem filmando um reality show. Ao invés de buscar conscientizar as pessoas, tudo o que vejo são os (anti) profissionais de mídia darem notícias sensacionalistas na guerra pela audiência, noticiando que ‘em nome do amor jovem persegue e elimina namorada’. Que amor é esse que esquarteja a integridade física e moral de outra pessoa? Que sentimento, senão o de posse leva um homem a querer obrigar uma mulher a ficar com ele até as últimas conseqüências? O nome disso é feminicídio (ou femicídio, como você preferir).

Em alguns casos, a impunidade persiste restringindo o direito à vida, à liberdade e à individualidade, privando assim o ser do sexo feminino de usufruir inclusive dos direitos humanos, transformando o relacionamento em desrespeito metódico. Todos os anos, em diversas partes do mundo, mulheres de todas as idades são maltratadas, humilhadas, mutiladas e assassinadas. Pelo simples fato de serem do sexo oposto, alguns homens ainda se vêem no direito de exercer poder sobre a vontade da companheira ameaçando-a e violentando-a e apoiados na cultura patriarcal tentam justificar o que não tem explicação. São pais, irmãos e companheiros que agridem por anos seguidos as suas mulheres, propagando a violência doméstica e perpetuando os mesmos hábitos nas descendências seguintes, uma vez que estes maus exemplos são passados de geração para geração.

Em vários locais, a cultura do medo faz com que casos de homicídio de meninas não sejam levados em consideração nem mesmo pelas autoridades que fazem vista grossa diante dessa situação. Dessa forma, há o crescente número de mortalidade feminina que é causado também pelo abandono e negligência com relação à saúde já que em muitos países, somente o homem é respeitado e valorizado.

Houveram alguns avanços no Brasil, como por exemplo, a lei Maria da Penha, mas mesmo assim é preciso cobrar que a justiça seja aplicada de forma mais eficiente e lutar pelos direitos das mulheres, protestar para que os agressores recebam a punição devida.

Para saber mais:
Livro Femicide: The Politics of Woman Killing - de Diana Russel e Jill Radford
Page copy protected against web site content infringement by Copyscape

Creative Commons License
Feminicidio: a problemática da violência contra a mulher by Nat Valarini is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Based on a work at garotapendurada.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://garotapendurada.blogspot.com/.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

e-SEX: O que leva pessoas a trocar o sexo real pelo virtual?
Por Nat Valarini

Com a inclusão digital, facilidades para comprar um computador pessoal e a abertura de lan houses, o acesso a informação e as comunicações tornou-se mais simples.
Seja para ler as notícias de economia ou para conhecer pessoas, o que não falta são opções de sites de relacionamento e salas de bate papo. Além de expandir a rede de amigos, as pessoas fazem contatos profissionais e até fazem relações sexuais virtuais.
Escondidos pelo anonimato, homens e mulheres entregam-se a fantasia de encarnar um personagem esteriotipado, muitas vezes, completamente diferente de sua personalidade na vida real. Fora da realidade, pode-se experimentar de tudo inclusive, se passar por alguém de sexo oposto, dizer que é loiro de olhos azuis, mesmo sendo moreno de olhos pretos, falar que é alto tendo na verdade 1,50m. Uma identidade falsa e a garantia de não ter compromisso com o parceiro on line são grandes atrativos do sexo virtual, além de ser mais fácil de se conseguir um "contato mais íntimo".
Nos chats há salas especialmente voltadas para o tema com públicos variados: GLBT, pegação, sexo casual, Sadomasoquismo, voyerismo e por aí vai. Até nas salas destinadas a amizade, por exemplo, você encontra alguém ‘chamado’ Gato manhoso, Taradinha ou 23cm na cam. Apelidos sugestivos são usados pelos internautas como chamariz na busca por relações à distância.
Se a conversa for agradável, o casal dá continuidade à relação, caso o vocabulário seja fraco, segundo os adeptos, é só escolher outra pessoa e soltar o verbo, afinal toda a excitação sem contato físico vai ser gerada nos pensamentos da pessoa, quem quer experimentar, vai munido de muita imaginação.
Quando é apenas um exercício das fantasias sexuais, não há problema. Passa a existir uma situação mais delicada quando a pessoa se isola socialmente, e restringe suas relações apenas à internet.

Na adolescência isso é muito comum, pois é uma fase de profundas mudanças e como alguns jovens possuem baixa auto-estima e um elevado grau de timidez, alguns exageram no contato virtual e passam a trocar relacionamentos sociais saudáveis por um personagem fictício de jogos eróticos ou uma conversa em um chat, por não acreditarem na sua capacidade na hora da conquista. Não são raros os casos de pessoas que se isolam para dedicar-se ao mundo virtual.
É preciso ter discernimento de tudo o que se faz e não viver em função disso, até porque, se a incapacidade de se envolver com outras pessoas sem ser pelo computador não for tratada no início, pode evoluir para a vida adulta causando um empecilho para o indivíduo fazer coisas simples como trabalhar, estudar e namorar.

As armadilhas da rede
Há pessoas que buscam algo totalmente casual, outras querem fazer contato e se o parceiro for agradável, podem passar do virtual para o real, mas com o mesmo objetivo: sexo. Há pessoas que após manter um contato de meses marcam encontros e chegado o momento de conhecer, a verdade não é nada daquilo que elas esperavam. Há muitos casos de encontros marcados pela internet com perspectivas de namoro, amizade ou trabalho, mas na realidade do outro lado estavam assaltantes, pedófilos entre outros. O criminoso joga a isca, prometendo tudo o que a vítima gostaria de ouvir, mas que ele, na verdade, jamais cumprirá.
Existe um filme de Bill L. Norton que trata bem deste assunto Every Mother’s Worst Fear (ou no Brasil, “Vitimas da internet”) onde é retratada a situação de uma menina seduzida por um homem que conheceu pelo computador e é raptada por uma quadrilha de tráfico de garotas para a prostituição. Alguém pode dizer que é exagero, porém essa prática é mais comum do que se imagina. E como nosso blog recebe a visita de pessoas de todas as idades, inclusive adolescentes, é praticamente, um alerta de utilidade pública. Ao fazer contato com algum desconhecido, independente do assunto, evite fornecer informações pessoais.

Garota Pendurada! Entrevista

Conversamos com o internauta Giácomo* que já praticou sexo virtual e conta a sua experiência, que você, leitor, acompanha agora:

Garota Pendurada! : O que te levou a fazer sexo virtual?
Giácomo: “Não seria bem o que me levou a fazer sexo virtual, não planejava fazer sexo virtual... queria conhecer pessoas "descartáveis", bater papo. Comecei entrando na sala Amigos, depois Paquera e foi indo. Aí me bateu a curiosidade de entrar na sala Sexo. Comecei trocando idéia e foi.”

GP! : Você se lembra de como foi a sua primeira experiência deste tipo, foi algo realmente prazeroso?
G: “Nem me lembro bem como foi o primeiro contato, mas lembro de ter sido bem gradual.”

GP! : Você faz sexo virtual com freqüência?
G: “Nunca mais fiz, não me atrai mais.”

GP! : Por que?
G: “Fiquei sem contato com essa prática... é como um hábito... se você fica sem praticar vai pensando melhor se vale a pena ou não.”

GP! : Qual era a sua fantasia mais assídua no bate papo? Chegou a realizar alguma na vida real?
G: “Era coisa mais rotineira, pelo menos pra mim, falava de coisas "normais", pegada, sexo oral, vaginal, anal, ejacular no rosto, mas eu não tomava as rédeas da situação. era uma coisa que rolava. Ia batendo a química e rolando os assuntos.”

GP! : Teve algum assunto que você achou bizarro e o fez parar a conversa?
G: “Assunto bizarro não, mas teve uma vez que a pessoa que teclava me fez perder a vontade de continuar o assunto. A pessoa já chegou com o papo: "coloque o seu polegar na cabeça do seu pau" eu simplesmente sai do papo. Não era aquilo que fazia. Eu não fazia sexo virtual para me masturbar, fazia para por a imaginação para funcionar... e como funciona.”

GP! : Você possuía parceiras fixas nas relações on line?
G: “Algumas já entravam me procurando, porque nos dávamos bem conversando. Eu gostava de teclar mais de uma vez com uma pessoa que havia me dado bem.”

GP! : Encontrou alguma pessoa que conheceu em chat pessoalmente?
G: “Não. Meus contatos não rompiam a barreira virtual.”

GP! : Por não ter oportunidade ou realmente queria ficar só no virtual?
G: “Acho que um pouco de cada coisa.”

GP! : Na internet algumas pessoas usam o anonimato para criar personagens ou se descrever de forma, até mesmo, exagerada. Você já mentiu sobre suas características ou se passou por alguém do sexo oposto?
G: “Sempre falei a verdade a meu respeito, a única coisa que escondi foi o meu nome.

GP! : Alguma transa pela internet chegou a ser tão (ou mais) prazerosa que na vida real?
G: “Não.”

GP! : Você acha que alguém que pratica o cyber sexo, tendo namorado ou sendo casado está traindo o companheiro? Por quê?
G: “Isso é muito relativo, depende do tipo de relação de cada um. Hoje em dia, eu não faria sexo virtual com ninguém além de minha parceira, pois o meu tipo de relacionamento com ela é completo. Agora se os dois entram em acordo de que podem fazer... isso vai de cada casal.”

GP! : Você concordaria de sua parceira fazer sexo virtual com outra pessoa e acha que ela se importaria que você fizesse?
G: “Não concordaria e acho que ela se importa sim.”

GP! : Fora a realização de fantasias, acha que o sexo pelo computador tem algo a acrescentar, no sentido de desenvolver o potencial sexual de alguém? Na vida real você se tornou mais criativo na cama após essas conversas picantes?
G: “Para mim não mudou em nada, pois sempre procurei me superar para realizar a minha parceira, tanto na vida real quanto na virtual.”
*Para preservar a identidade do entrevistado o nome foi alterado.


Agradecimentos:

Ao entrevistado Giácomo

http://cineminha.uol.com.br/
Page copy protected against web site content infringement by Copyscape


Creative Commons License
e-SEX: O que leva pessoas a trocar o sexo real pelo virtual? by Nat Valarini is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Based on a work at garotapendurada.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://garotapendurada.blogspot.com/.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Segunda-feira: ame-a ou a deixe!

Vamos, pelo nosso próprio bem olhar este dia, tão mal falado, com outros olhos.
Por Nat Valarini

O fatídico dia. Depois de uma esperada sexta, um deliciosos sábado e um divertido domingo lá vem ela: a segunda-feira.
Cresci ouvindo as pessoas maldizerem o segundo dia da semana, aí começa a se propagar nas mentes que este é o pior dia.
Vejo da seguinte forma: meu fim de semana foi sim maravilhoso, agora é hora de um novo começo, correr atrás de novas oportunidades, e elas podem começar também com a segunda, o (quase) início da semana.
É importante gostar do que estamos fazendo então, amaldiçoar este dia não vai melhorar seu ânimo e tão pouco o seu (mau) humor.
A verdade é que nós precisamos de um motivo que nos impulsione e nos dê aquele ‘gás’ para achar algo bom e interessante, então a saída é buscar o melhor de cada situação, as qualidades os pontos positivos.
Ficar entediado porque estamos em meio a segunda, nos faz perder tempo e esta é a única coisa que não podemos perder, pois ele não volta mais. Então que tal aproveitá-la ao máximo a nosso favor?
Para muitos isso vai parecer loucura, mas viva a segunda-feira de todo seu coração intensamente.
Hoje é uma nova oportunidade para sorrir, para conquistar aquela vaga no tão sonhado emprego, mais uma semana de aula que vai te proporcionar conhecimento, mais uma semana de namoro, mais uma nova oportunidade para ser feliz!

Page copy protected against web site content infringement by Copyscape


Creative Commons License
Segunda-feira: ame-a ou a deixe! by Nat Valarini is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Based on a work at garotapendurada.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://garotapendurada.blogspot.com/.

domingo, 12 de outubro de 2008

Infância mutilada

No dia delas, o que as crianças têm para comemorar?
Por Nat Valarini

Antes que pensem que tenho uma visão pessimista, sei que há pontos positivos, porém este é um problema grave que afeta pessoas que sequer podem se defender, isto é grave e não pode ser ignorado.
O fato é que todos os dias são divulgados novos casos de abuso físico e psicológico contra menores, em especial, as crianças menores de 12 anos. O estatuto da criança e do adolescente foi criado com o objetivo de resguardar os direitos dos menores, mas ele está sendo aplicado da forma correta?

Os abusos vão desde o trabalho escravo, passando por maus tratos e negligência entre os quais a violência doméstica (tortura física e psicológica, abusos sexuais, entre outros). O agressor, muitas vezes, alguém de convívio próximo, encontra nas crianças, vítimas em potencial seja pela inocência e a confiança que elas depositam nele, seja pela fragilidade e incapacidade de se defender. Como conseqüência temos a infância mutilada. Na idade de brincar, aprender (sejam as lições na escola, seja a amar os pais e o meio em que convive), meninos e meninas, são espancados, mutilados, queimados, humilhados e por que não dizer, massacrados?
Sim, leitor, neste momento, ao invés de uma linda e sonhada boneca, carrinho ou bicicleta, como presente: a violação. Deve estar ocorrendo em algum lugar um massacre de crianças enquanto seus olhos percorrem estas linhas. Elas crescem sem desenvolver compaixão, bichos escorraçados, sem noção de carinho e respeito, tornam-se adultos sem auto-estima, medrosos ou violentos e deprimidos, sem esperança ou perspectiva de vida e muitas vezes, sem a chance de chegar à vida adulta. O ambiente é nocivo: o lar, a escola, tudo parece persegui-la. Sem ajuda, muitas delas fogem de casa, tornando-se meninos e meninas de rua, onde passam a sofrer outras formas de opressão.
É preciso estar atento ao pedido de auxílio, pois alguns ouvem, mas não acreditam nele, outros até acreditam, mas esta criança pode estar sem condições de gritar por socorro. Às vezes, um machucado no corpo, timidez exacerbada, depressão, medo são sinais que identificam a violência.
Crianças tem o direito à educação, porém de algumas, ela é arrancada por pais que negligenciam a necessidade de aprender de seus filhos. Eles (quando têm) usam roupas sujas e sofrem de desnutrição e fome, como poderão viver assim?


Criança não é um animal de estimação que se tem quando quiser e, ao ‘dar trabalho’ é só empurrá-la para fora de sua vida como um pacote de natal indesejado. Ela é um ser vivo e futuro cidadão, que precisa de cuidados básicos como saúde, educação, carinho e amor. Ela é como uma massa de modelar que precisa da orientação de alguém responsável para ensiná-la o que é certo, mas como ela vai aprender se o que fazem com ela é errado? Temos que cuidar melhor de nossas crianças ou toda a sociedade vai sofrer as conseqüências, mais cedo ou mais tarde.


Agradecimentos:

As imagens usadas são integrantes da esposição Exodos do fotógrafo Sebastião Salgado.


Page copy protected against web site content infringement by Copyscape
Creative Commons License
Infância mutilada by Nat Valarini is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Based on a work at garotapendurada.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://garotapendurada.blogspot.com/.