Por Nat Valarini
Este é um blog feito por uma garota, mas tenho o cuidado de não deixá-lo com ar ‘mulherzinha’, pois não faço da minha vulva uma bandeira de movimento ideológico. Escrevo para o ser humano e não para um sexo específico. Inclusive, boa parte dos meus leitores mais assíduos são homens (e olha que nem publiquei aqui fotos dos meus ensaios nus para que essa fidelidade-literária masculina se tornasse possível!).
Acredito que consigo fazer uma boa parceria entre leitores de todos os tipos pelo diferencial do meu trabalho e não por causa de uma condição, compreendem?
Enfim, essa embromação toda é para, mais uma vez, protestar contra aquele estereótipo de que para ser inteligente (ou pseudo-intelectual) as mulheres tem que bancar as nerds, ser feias, brutas, sem vaidade, ter pernas peludas e falar grosso! Será mesmo que para ser intelectualmente respeitada há necessidade de bancar a masculinizada?
Já citei em postagens anteriores, em especial na ‘Nem femista nem machista’ que sou contra a guerra entre os sexos e, sinceramente, acho que um homem jamais conseguirá ser tão feminino quanto uma mulher, no máximo, um afeminado que acha que entende da fruta. Descarto a idéia de que o homem precisa de trejeitos para compreender e falar com as mulheres. Ao mesmo passo que a mulher, na luta pelo direito a igualdade, ao tentar se igualar ao homem, anula o seu principal diferencial: o simples fato de ser mulher para tornar-se uma ‘mulher-machão’ ou como diria meu (amado) autor favorito, Nelson Rodrigues, um macho mal acabado.
Antes que os babacas alternativos de plantão venham taxar-me de retrograda, quero frisar (entenderam? FRISAR!!!) que, para mim, homens e mulheres são diferentes sim e que são essas disparidades inigualáveis que tornam as relações interpessoais tão belas de se viver, pois machos e fêmeas se completam, em vários campos.
Eu gosto de ser quem eu sou. Consigo ter garra, força, lutar e vencer sendo feminina e nunca vou perder essa característica. E não é por isso que eu vou precisar bancar o sexo frágil, assim espero. Mulher macho? Não senhor!
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