terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vamos trepar com segurança?

Por Nat Valarini


Pode ir tirando o seu cavalinho da chuva que não estou lhe convidando para fazer um Ménage a trois com um homem gostoso que faz Freelancer como segurança de boate.
Mais que um questionamento, o título desta postagem vem alertar para um assunto muito importante: na hora de trepar, transar, fazer amor (dê o nome que quiser), você está se prevenindo?
Não precisa revelar suas intimidades nos comentários, sua vida particular além de não ser da minha conta, não me interessa, responda para si mesmo!
Muitos podem achar que este é um assunto ‘batido’ e que não vale a pena comentá-lo, porém se a realidade fosse mesmo assim, não teríamos tantas gestações não planejadas ou mesmo novos casos de pessoas contaminadas por alguma Doença Sexualmente Transmissível, entre elas, a AIDS.
Eu acredito que para a pessoa que se expõem aos ricos do sexo sem proteção, a menor das conseqüências é uma criança vinda fora de hora, o pior mesmo, é contrair uma doença grave pelo simples fato de ter se preocupado apenas com o prazer e não com as conseqüências. No fim do coito, você pode perceber que nem foi tão prazeroso assim e pior, acabou arriscando muito por tão pouco! Porque fazer um exame de sangue e descobrir que você se fudeu, mas não da forma como gostaria, tudo por causa de uma irresponsabilidade?
Brincadeiras à parte, não sabemos quem tem ou não uma DST, mas devemos aproveitar o momento sem prejudicar nosso bem-estar, tomando uma atitude simples e que pode salvar, além da sua própria vida, a de seu parceiro atual, ou de outras pessoas com as quais venha a se envolver no futuro.
De uma vez por todas, pare de se deixar levar pelo momento! Se a pessoa não quiser usar o preservativo masculino, há como opção a camisinha feminina, se ainda assim o (a) parceiro (a) não quiser usar de modo algum, saia fora, tem algo de errado! Usar camisinha é muito bom, pois além de evitar a gravidez e te proteger contra doenças ainda há muita variedade de modelos, muito interessantes, para todos os gostos: tamanhos que vão de acordo com a sua genitália, aromas deliciosos, texturas estimulantes, cores belíssimas, é praticamente um desfile de moda. Então, é só escolher a de sua preferência e mandar ver!
Não há desculpas, além de ser algo confiável, testado e aprovado pelo IMETRO, ela é super segura (se usada da forma correta) e também é muito barata. Para aqueles que não têm condições de comprá-la e não abrem mão do 'borogodó', há distribuição gratuita de camisinhas e outros métodos contraceptivos em postos de saúde e outros pontos de apoio.
Mesmo que você seja adepto de um sexo casual, ‘sem sentimentos envolvidos’, deve estar em primeiro lugar o amor próprio. Lembre-se: "Quem ama cuida!"

Cuide de você, da sua consciência e principalmente, de sua saúde!
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PS.: Faça uma visita ao meu outro blog ‘O CÃO INFIEL
Lá você vai encontrar tiras e crônicas bem humoradas de assuntos cotidianos
sobre a ótica do cão. Para aquelas pessoas que gostam de humor refinado com
pequenas doses de sarcasmo. http://ocaoinfiel.blogspot.com/


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Homens unidos pelo fim da violência contra as mulheres!

A campanha brasileira que leva o mesmo título desta postagem busca engajar toda a sociedade na luta por uma vida mais digna e sem violência, criando assim mais um laço de conscientização de que a mulher precisa e deve ser respeitada.
No site da campanha, você encontra um lugar para colocar seu nome e seu e-mail para participar. O abaixo assinado é um gesto simbólico, porém lembra que diversas vítimas já sofreram todo tipo de abuso desde agressão física até psicológica e que ainda hoje há outras tantas mulheres privadas de seus direitos e que a postura de todos faz a diferença!

Para participar, clique aqui!

terça-feira, 18 de novembro de 2008



Olá!

Sei que faz um tempo que estou sem postar por aqui, mas foi por um bom motivo:
Foi por culpa do Cão. Não do 'Cão-peta', mas sim, do meu novo blog.
Podem ficar tranquilos leitores, eu sempre serei uma Garota Pendurada, logo, não deixarei este blog na mão.
A minha necessidade em fazer O Cão Infiel se deu diante de outros trabalhos que faço e que seguem uma linha diferente da proposta deste espaço,logo para ficar algo organizado e também para não perder o foco, optei por criar mais uma página.
Para quem quiser conferir clique aqui
Bjoks e ótima leitura!


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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Abortar ou parir: Mais que um dilema moral, é uma questão pessoal.

Por Nat Valarini

Que tema mais delicado, não é mesmo?
Antes de escrever sobre o assunto, pensei muito se deveria fazê-lo tendo em vista todos os comentários que devem vir a seguir: muitos retaliando por serem de opinião contrária, alguns dando apoio e outros em cima do muro (com receio de dar seu ponto de vista e serem mal vistos) por ser um assunto espinhoso sobre o qual muitos preferem não opinar.
Como eu quero mais é que as críticas venham, dou início à discussão sobre o direito mais primordial: o direito à vida.
Antes que os fanáticos pensem que estou do seu lado, deixo claro que para mim esse direito não se resume a simplesmente botar mais uma boca no mundo. Sendo bem parcial, acredito no direito à vida, mas com qualidade. Infelizmente, casais desinformados, pessoas promíscuas e desajustadas, mesmo com tanto acesso à informação ainda se expõem aos riscos do sexo sem proteção adequada e isso, além de aumentar o número de pessoas contaminadas pelos mais variados tipos de DST’s, jogam no mundo criaturas que não pediram para nascer e, sabe-se lá qual será o futuro delas. A gravidez não planejada ainda possui outro aspecto: a violência sexual, principalmente, a que ocorre dentro do silêncio, protegida pela falta de denúncia. Esta é uma praga geradora de chagas na sociedade e também de crianças sem perspectiva de vida.
Pois bem, quer saber minha opinião: sou a favor do aborto.
Isso mesmo, eu dou todo apoio!
Provavelmente vou ler críticas, principalmente de religiosos, porém as instituições capengas que criticam os métodos anticoncepcionais e também o aborto, não dão comida nem educação aos filhos dos miseráveis. Eu creio em DEUS, mas eu não acredito que Ele queira ver as mães explorando crianças no sinal para pedir esmola. Levando a questão para a responsabilidade dos governantes, tenho a certeza de que uma boa parcela do governo quer mais gente burra, faminta e dependente para votar de quatro em quatro anos, não investindo assim em políticas de educação e saúde para evitar que as famílias se multipliquem como bactérias que se reproduzem por divisão binária.
Pelo contrário, alguns políticos criam mais programas assistencialistas ‘únicas alternativas’ como vale gás, fome zero, bolsa escola, bolsa família, entre tantas outras bolsas que não funcionam como deveriam na prática, ao invés de investir também em educação que abre a cabeça e transforma pessoas, tornando a nação brasileira no país dos marsupiais (para quem não conhece o termo, marsupial é um animal que gera seus filhotes em bolsas, como os cangurus e gambás), então nosso povo está como estes bichos, gerando seus filhotes dependendo de bolsas, mas principalmente, dependentes do governo. Coitados!
Sim, cidadão de bem que paga seus impostos, para aqueles que dominam a situação política e econômica neste nosso ‘Brasilzão’, quanto mais infortúnio para o povo, melhor para eles. Deste modo as pessoas tornam-se mais dependentes deles, mais fáceis de serem dominadas. Não se engane com as promessas e favores, eles dão o peixe, mas não ensinam ao pobre a arte de pescar. E para quê? Para que a ‘dona Maria’, o ‘senhor José’ e sua penca de filhos os elejam na esperança de ganhar um teto, que nunca vem, ou se vem, com certeza é longe do caminho onde seus carros importados circulam. Sim, estou sendo dura, mas a vida real não é cor de rosa e a fome não tem uma carinha de bebê caucasiano gordinho e rosado.
Quem tem fome não pode esperar, principalmente, quem tem filhos famintos não consegue aguardar ser ‘presenteado’ com o benefício do Estado. Problemas sociais, como o aumento da criminalidade e o desemprego, caminham na mesma via da taxa de natalidade.
O fato é que casais que têm menos filhos, conseguem se estabilizar financeiramente, têm uma vida profissional mais regrada e, com isso, mais acesso a educação e cultura, podendo oferecer aos seus descendentes, condições iguais ou até melhores oportunidade de vida. Quanto menor o grau de escolaridade e a renda da família, maior o número de seus rebentos o que diminui drasticamente o acesso às necessidades básicas, logo, aquele ditado popular que afirma que "onde come um comem quinze" é pura balela para ludibriar trouxa.
Não tirem conclusões precipitadas achando que eu sou alguém cruel e que não pensa em outras saídas alternativas como a adoção, acho isso louvável. Porém, no Brasil tudo é lento e burocrático (em parte com razão, na maior parte das vezes, desnecessário) e já é sabido que há vários casais tentando adotar, mas que esbarram na lentidão da justiça e novamente afirmo: as crianças não podem esperar!
Mais uma vez, menores de idade são castigados pelo abandono das suas famílias e morosidade dos órgãos responsáveis por lhes dar um novo lar. Mal educados, em todos os sentidos, eles crescem e são despejados no mundo-cão, sem bagagem de vida, sem profissão, às margens dessa sociedade hipócrita que insiste em empurrar pela nossa goela que a vida é semelhante a uma novela.
Deixo claro que não sou a favor da banalização mas sim da legalização do abordo. Sou absolutamente contra a postura de mulheres sem consciência que têm filhos a torto e a direito e que recorram sempre ao aborto ao invés de se prevenir, agir assim, de forma leviana com a própria saúde, é tomar uma atitude burra e impensada. Em todo caso, há métodos contraceptivos, todos muito eficientes, na falta ou falha dos mesmos, ainda é possível recorrer à pilula do dia seguinte. Acredito que o aborto deve ser a última alternativa, mas se for preciso, que seja feito e que seja garantido por lei.
Se, para você, meu ponto de vista é amoral, eu esfrego em sua cara que pior do que estas palavras vomitadas é a hipocrisia. Cabe a gestante decidir se deve ou não prosseguir com sua gravidez, não cabe a mim, muito menos a você, pois a decisão sobre o que fazer com o próprio corpo, será sempre da mulher.
Direitos humanos garantem também a liberdade de expressão. Mais que um dilema moral, esta é uma questão pessoal. Deixo para todos uma reflexão: Se o aborto é mesmo um crime, comece a recolher todas as crianças maltratadas, participe ativamente de movimentos em prol da adoção mais rápida, faça uma ‘limpeza’ nas ruas, não dê um peixe em forma de esmola ao pivete do sinal para saciar sua fome só naquele instante. Se você crê tanto em DEUS use a máxima do ensinamento cristão para com o seu próximo: ensine-o a pescar, pois ele comerá não apenas hoje, mas para sempre.

Para saber mais:


O espaço do blog está aberto aos comentários e discussões. Por que você é contra ou a favor? Chegou a estas conclusões por si só ou algum moralista socou estas idéias na sua cabeça?

Quem é a contra ou a favor do aborto diga seus motivos de forma sensata, explane suas idéias e respeite quem discorda. Muitos pais e escolas não ensinam, mas democracia se faz assim!

Como disse Mahatma Gandhi: " A intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático."

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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Conto Erótico: o tiro que saiu pela culatra

Por Nat Valarini

Você já teve a curiosidade de ler algum conto erótico? Se bem escritos, essas ‘estórias’ podem ser bem interessantes. Entretanto há um fato curioso que insiste em chamar minha atenção, por mais que eu relute em fazer vista grossa: os caras em geral tem de 18cm para cima (para cima, para o alto e avante!) e conseguem fazer sexo facilmente com alguma mulher tipo físico padrão, leia-se, gostosa. Muitas vezes, na fatídica hora do ‘vamo vê’, além do feijão com arroz básico, rola sexo anal de primeira e algumas picardias desconhecidas pela maioria da população adulta sexualmente ativa. Tudo isso com mais facilidade do que receber um favor mediante pagamento de propina. Fico impressionada imaginando a que se devem essas facilidades encontradas nestes contos, mas isso é o de menos quando, além dos amantes sedentos por um momento de luxúria, começam a surgir elementos estranhos na trama.

Dia desses, uma garota publicou o conto dos contos, tudo parecia tentador, o ambiente era misterioso e começaram as descrições de mão naquilo, aquilo na mão, aquilo crescendo na mão, rolou de tudo. A atmosfera de desejo e malícia em torno do casal faria até um monge tibetano largar a meditação subir pelas paredes, era de dar água na boca. A expectativa só não era maior que a sucessão de lorotas sem fundamento que se seguiram. Só para explanar brevemente, nossa amiguinha citou, por exemplo, que após a tórrida noite de amor, o garanhão pediu o telefone dela, mas ela preferiu não dar (além do que já havia dado) e resolveu pegar no dele, digo, o dele... o número de telefone do cara. Porém, logo adiante ela diz que o camarada ligou para ela. Peraí! Se só ela pegou o telefone, como ele ligou para ela? Seria telepatia?!

Então eu pergunto: Até que ponto situações impossíveis de acontecer, que são utilizadas como tiros de salvação por escritores desesperados, prejudicam a qualidade dos textos e os tornam previsíveis, às vezes tolos, demais. Esta jogada é perigosa, pois na tentativa de apimentar as linhas que se seguem, pode sair um tiro pela culatra que, além de lhe dar um susto, vai espantar aqueles com os quais o autor sempre quis aproximação, o leitor. Quando converso sobre sexo com alguém, noto que boa parte dos indivíduos ainda não realizou suas fantasias na prática e, para muitos, a tal ‘entrada dos fundos’ parece ser um sonho distante, tão difícil de alcançar quanto o final do arco-íris. Logo, os fetiches dos contos enchem seus coraçõezinhos de uma pontinha de inveja dos protagonistas, mas também os deixa ressabiados quando percebem que há um fato sem pé nem cabeça na narrativa o que gera incredulidade no trabalho do autor.

Além de exercer seus dotes picantes / literários, o escritor erótico busca extravasar na ficção sua vontade de comer e se lambuzar, muitas vezes, não realizadas na vida real. Nem vou tocar no ponto de frustrações pessoais, porém, não dá para começar escrevendo que era noite de chuva intensa, tão intensa quanto os lábios vermelhos da vizinha que morava na casa ao lado, Kátia Alessandra, e que aquela visão da deusa de ébano o fazia suar mais que o sol de rachar que castigava o jardim neste momento enquanto a desejava da janela de seu apartamento. Percebeu a contradição? Bom, este é apenas um exemplo, espero que ninguém tenha tido o disparate de escrever uma asneira dessas em romance algum. Por mais que o conto dê alusão à fantasia para estimular o cérebro (e outros órgãos) daquele que o lê, é preciso dar algo a mais, que tal dar um pouco de... Coesão e coerência?

De qualquer forma isso explana como os hormônios em ebulição de alguns autores atrapalham mais do que contribuem no momento da criação. Um puxão de orelha que vale para qualquer tema abordado: Preste atenção naquilo que faz! Não permita que a criatura, neste caso o texto, se volte contra você e o devore.


Para saber mais:

Garota Pendurada gosta de tudo com muita pimenta, em especial, aquilo que mais dá o que falar nesse nosso Brasilzão: Análises políticas!

O que foi? Pensou que eu ia dizer o quê? Hehehehe...

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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Descendente de mulher de vida fácil!

Xingar pode ser uma ótima terapia.

Por Nat Valarini

- Eita porra! É um caralho de asa mesmo!

- Que coisa mais feia menina! ‘ Vê’ se xingar é coisa de moça decente? Caralho, caralho... O que é caralho? E essa tal de porra que você tanto fala. Ultimamente você anda com a boca cheia de caralho e porra. Pare de xingar ou lavo sua boca com sabão, sua filha da puta!

- Ãh... mãe!

-O que é?

- Você acabou de me chamar de filha da puta!

- VAI PARA O SEU QUARTO AGORA!

- Uahauhauhahau...

Criei o diálogo acima para ilustrar como os palavrões já estão inseridos em nossa cultura, não exatamente querendo intitular ‘carinhosamente’ a mãe alheia, mas estes e outros termos são ditos automaticamente, meio que sem pensar, como quem diz bom dia. Como se tornaram comuns em qualquer círculo social, o palavreado de baixo calão, antes tido como coisa de gente pobre, aculturada e mal educada, já pode ser ouvido vindo da boca de pessoas nobres e distintas. Muitos se questionam em como não dizê-los sendo que o mundo está cheio de pessoas dignas de receberem os tais tratamentos. Já que “Lulinha magavilha” não baniu estas expressões com a reforma ortográfica (até porque, se o fizesse, as conversas no cenário político passariam a ser monossilábicas), continuemos a usá-las sem muita parcimônia, mas no momento oportuno. Afinal como disse o grande filósoso Aristóteles: " Qualquer um pode zangar-se - isso é facil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é facil."

A coisa deve ser bem mais ancestral do que imaginamos.

Antigamente diziam: “- Rebento de progenitora vadia!”, ou para os mais íntimos, simplesmente: “- Filho da puta!”. O fato é que até hoje essa expressão, assim como a meretriz que lhe deu fama, caiu na boca do povo, junto com outros palavrões em frases de efeito como: “Vá tomar lá” (lembrando que aquele que toma lá, dá cá, dá mesmo e às vezes muito mais do que se pensa, ele dá!), a célebre e repaginada “- Eita porra!” e a não menos importante e atual “– Ah, Caralho!”.

Seja para alcunhar, demonstrar inveja, agradecer, comemorar, zombar, ou chamar afetivamente (por que não?), a palavra obscena é tão popular quanto tatuagem na testa (pensando bem, tatuagem na testa ainda continua às margens da sociedade...), melhor dizendo, é super comum. Não lembro quando foi a primeira vez que meus lábios tornaram-se sujos, mas xingar virou um vício que eu até tentei abandonar, que depois tornou-se algo corriqueiro e relaxante, tendo em vista que diminui o nervosismo, uma vez que é possível, através dessa manifestação verbal, pôr para fora sentimentos escusos que não devem ser guardados, pois fariam mal à saúde física e emocional. Com os altos índices de stress causados pela vida moderna, alguns se matam, brigam sem motivo aparente com quem não devem, já outros xingam, colocam para fora a raiva, mesmo que sozinhos, e depois de estravasado aquele sentimento ruim passa.

De qualquer forma, apesar dos xingamentos terem sido disseminados pela população, ainda não são bem quistos pela norma culta e padrões de educação e moral, porém quem dita as regras também deva ser adepto do bom e velho turpilóquio. Vai dizer que acredita mesmo que Aurélio (aquele mesmo, vulgo pai dos burros) jamais xingou, acha mesmo que ele nunca soltou um “filhinho-de-uma-putazinha”? Eu não acredito nisso. Na verdade, acho que quem regula o vocabulário sujo e condena quem o usa em momentos mais que oportunos, não é uma pessoa muito confiável. Exagerada eu, não? Pode começar a espernear, dizer que discorda e que isso é um absurdo e muita falta de educação. Ok, realmente é, mas você ainda vai entender o que eu quero dizer, permita que eu desenhe:

Pense naquele ser mais ‘Caxias’, educado, pedante e falso que você conhece. Tudo para ele deve ser milimetricamente aferido, tudo para ele é tão fino e engomado que chega a dar nojo de tão politicamente correto e mentiroso que ele é, um perfeito reprimido que passou a vida pondo a mão na boca para não escancarar seus anseios e revoltas, com o objetivo único de sustentar sua imagem de bom moço. Se você se desentender com um tipo desse qualquer dia, o clima vai ficar chato. Talvez você se pergunte: “- Como pude ser grosseiro com alguém tão ‘amável e correto’? Repleto de sentimento de culpa, você até se sente constrangido pela situação (ok, talvez não seja assim normalmente, mas continue imaginando...). Como boa pessoa que você é, vai chegar até o cidadão para uma conversa franca onde, ele, ferido, vai expor suas dores (mas não todas, afinal ele é um tosco, só não se deu conta disso ainda), vocês vão se desculpar mutuamente e colocarão uma pedra no assunto, assim tudo está resolvido e as pazes feitas.

Porém uma coisa, querido leitor, eu te garanto: lá no íntimo o bastardo te apelidou pelos piores títulos, os únicos codinomes pelos quais ele não te chamou foi santo e talvez rapadura. Dalí há algum tempo, você vai ter a notícia de que o miserável morreu de câncer em algum lugar significativo, no coração porque não expeliu a raiva no momento e deixou-a se transformar em mágoa antes de conversar contigo, na cabeça porque ruminou todas aquelas idéias más a teu respeito, mas provavelmente ele tenha tido metástase na língua por não ter te xingado por aquilo que você merecia ouvir no momento da sacanagem... Oh! Pobre imbecil.

Se conhecer alguém assim, me avise. Faço questão de comprar-lhe uma bela e sucinta coroa fúnebre de flores, mesmo que este ainda viva, pois se ainda não tiver partido desta para melhor, com toda certeza irá em breve, onde constarão os seguintes dizeres: - Aqui jaz um frouxo descendente de mulher de vida fácil... Tomou no cu!

Para saber mais:

Momentos de ócio deram impulso para a criação desta e de outras crônicas que virão em breve.

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Muchas Gracias!

O Garota Pendurada! recebeu três presentes.
Nossos leitores
atenciosos concederam a este blog os seguintes selos:


Gúh! entregou ao garota pendurada:

Luccannus e Inquilino do Sublime presentearam com:




Quero agradecê-los pela indicação, fico feliz em saber que meu trabalho foi bem recebido por eles e por tantos outros. É por vocês, leitores, que trabalho arduamente em meu notebook em busca de inspiração para matérias interessantes.
Bjoks!

PS.: Mas não pára por aí, indico mais 10 pessoas (segundo às regras), para receberem os mesmos prêmios. Procurei colocar blogs que além de bons, ainda não receberam estes selos.
Segue a lista dos felizardos abaixo (clique nos nomes para visitar):

O Protótipo de um jornalista
Sem destinatário
Palavra Ácida
Garoto Problemático
O Cri-critico

Na Mira do Felipe
O Cão Ocidental
Questão de Opinião
Oh La La!
10º
Deleite à leite

domingo, 2 de novembro de 2008

Parabéns para você!

Por Nat Valarini

Pena que o sujo e imundo não consiga levantar o rabo da cadeira para receber meus cumprimentos. Sim, se a carapuça servir, eu vou até aí o parabenizar pela morte de sua educação, pela ausência de atitude, por sua preguiça descarada, por fingir que não é com contigo. De que vale seu conhecimento, arrotar cultura refinada e boas maneiras sendo que não as utiliza?

- Não é comigo! O indivíduo responde, quando os bueiros estão abarrotados de embalagens dos mais diversos produtos ou aparece uma matéria no jornal mostrando alguém clamando por socorro em meio a uma enchente, ou mesmo quando um trecho da estrada arde em chamas porque um gênio’ tomou sua cervejinha long neck e não esperou parar o carro em local adequado para jogar fora a garrafa, atirou fora sem nenhum peso na consciência (não poderia, isso é algo que este tipo de gente não possui). Ele pensa: "- Foi só um raio solar que bateu sobre a garrafa, que aqueceu o vidro e em seguida queimou o mato e deu início a um foco de incêndio que agora, já tomou proporções monstruosas!" (sim, isso acontece muito no cerrado do Distrito Federal, principalmente em época de seca). Como é que o cidadão poderia imaginar que uma coisa dessas aconteceria, não é mesmo? Era apenas uma garrafa inofensiva...

A garrafa era inofensiva realmente, o nocivo aqui é o ser que vira a cara para o outro lado, direciona o olhar vazio para a janela e só encontra o detrito que ele mesmo atirou porque não poderia aguardar para chegar até uma lixeira. Já ouvi alguns animais desses falarem: "-Todo mundo joga lixo na estrada, o que é que tem?" Eu respondo: - Sim, todos os mal-educados atiram a podridão pela vidraça porque não sabem lidar com a porcaria que produzem, querem se livrar dela a todo custo, visto que não conseguem suportar a idéia de segurar a garrafa, latinha de refrigerante, embalagem do chocolate, seja lá o que for, até a próxima parada e fazer o que se deve.

Pensando bem, não posso nem me referir a uma pessoa assim como animal ou mesmo lhe chamar de porco, pois nunca vi um porco andando de ônibus, comendo batatas da moda e jogando o recipiente na pista. A verdade é que um suíno tem mais consciência ambiental que ditos-cujos assim. Na realidade, porcos são animais limpos e inteligentes, já pessoas assim não chegam aos pés, digo, às patas destes bichos. Parabéns aos porcos de verdade! Vocês sim merecem minhas congratulações!

Talvez alguma criança, enquanto brinca distraída, corte os pés nos cacos de vidro da sua ex-garrafa, quem sabe ela precise amputar a perna causada pela infecção gerada por este corte? Às vezes acontece... Infelizmente, na próxima chuva, as embalagens, os papéis, enfim todo o resíduo abandonado será arrastado até as ‘bocas de lobo’ que serão entupidas, a rede de águas pluviais não vai conseguir cumprir a sua função, afinal, elas coletam água e não matéria sólida. A enxurrada vai tomar conta das ruas, transformando-se em grandiosas enchentes, castigando gente correta que dá às sobras o o seu devido destino, tudo por causa de alguém que não teve a capacidade primária de arremessar o lixo no seu devido lugar, o lixo. Parece exagero, mas se aqueles que sujam sem pensar nas conseqüências, imaginassem que verdadeiras catástrofes podem acontecer devido a seus pequenos gestos, será que eles o fariam? Ainda bem que nem todos são sebosos, pois se a população resolvesse jogar seu lixo no chão seria insuportável, ao menos para mim, viver num lugar assim.

Chupou uma balinha e não encontrou lugar para colocar a embalagem? Guarde no bolso, na bolsa, segure nas mãos, enfim, espere até encontrar um lugar certo para colocá-la. Não consegue aguardar? Então soque-o no seu orifício anal, mas não jogue no chão. Saiba que os nobres trabalhadores garis não vão perder os seus empregos porque você se portou de maneira educada e correta.

Àqueles que fazem o que é certo, continuem assim. Por outro lado se você pertence ao grupo daqueles que atiraram seu senso de coletividade no chão junto com a casca da banana que acabara de comer, eu desejo com toda sinceridade, do fundo do meu coração, que esta casca atraia ratos, milhares deles, e que estes corram agradecidos e famintos atrás daquele que os alimenta. Só as ratazanas e outros vetores de doenças podem querer a companhia de um defunto, que espalha imundicie por onde quer que vá. Para mim, pessoa que joga lixo no chão não tem nada na cabeça, deve ter tido o cérebro devorado por vermes, está vagando enquanto vegeta, morreu e nem percebeu, não está apta a viver em sociedade. Se você é um tipo desses, se endireite, crie um mínimo de vergonha na cara e faça a coisa certa ou então, pare de fazer peso na terra.


Agradecimentos:

Marcos Valarini (revisão de texto)
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