sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Saidão: Condenados à solta, população refém.

Por Nat Valarini


Tanto no natal quanto em outras datas comemorativas, parte da massa carcerária é beneficiada com a permissão para passar datas festivas com a família. O objetivo, segundo as autoridades, é ajudar o presidiário a se ressocializar. Eles entendem que o contato com parentes é de extrema importância para a reintegração do indivíduo.
Seria bom se os presos que cumprem pena em regime semi-aberto e com bom comportamento (pré requisitos básicos para que o recebimento do beneficio) realmente fossem para casa confraternizar com seus entes queridos, porém, muitos dos que saem, voltam a cometer crimes e boa parte não retorna ao presídio após o prazo de 48 horas, passando a circular livremente entre a população além do tempo que lhes foi permitido.
Por esses e outros motivos sou parcial e afirmo: sou contra o ‘Saidão’ . Esta semana, no centro de Brasília, um policial federal conseguiu chegar até seu veículo antes que fosse roubado por Anderson da Silva Santos, um dos 1043 presos liberados no Distrito Federal. O dono do carro conseguiu balear o bandido, que foi levado ao hospital e preso em seguida. Este caso é mais um exemplo claro de como a triagem dos condenados que podem ou não sair nessa época é mal feita: o criminoso Anderson possui vinte e três inquéritos policiais e já foi condenado oito vezes*. Como é que permitem uma pessoa assim ter direito à liberdade mesmo que por poucas horas?
Não estamos seguros. Durante o ano, nós já sofremos com o aumento monstruoso da criminalidade e um policiamento ineficiente. O caso que citei anteriormente foi uma exceção, pois a vítima é um policial, que possui porte de arma, treinamento necessário para atirar e conseguiu se defender, mas nem todos se esquivam desses bandidos que estão livres e amparados pela lei. O jovem Ronilton de 23 anos, morador de São Sebastião-DF, não teve a mesma sorte: foi assassinado com um tiro na cabeça na véspera de natal por um dos ‘detentos do Saidão’. Esta é uma época de repensar, reavaliar nossas atitudes. Os responsáveis pela liberação dos presos deveriam analisar se o que eles vêm fazendo é certo, quem são as pessoas que eles estão colocando de volta às ruas.
Como fica o restante de nós, a população civil trabalhadora e desarmada? Será que nos últimos dias do ano, se acaso um ladrão, um estuprador ou mesmo um assassino ‘com bom comportamento’ invadir a nossa casa, nós seremos obrigados a oferecer a outra face? Um dia um criminoso como esses, levou a vida de alguém junto com seus sonhos, seu sorriso... tudo através de uma arma e de suas mãos sujas de sangue. Tirou de um cidadão de bem a liberdade e o seu direito de viver com a família, então nada mais justo que o condenado pague por seu crime em regime fechado. Lei por lei, sou a favor de uma máxima da ‘Lei de talião’: Olho por olho, dente por dente.

*Dados da ficha criminal de Anderson foram retirados do Jornal da Globo.

PS.: O próximo saidão está previsto para o dia 31 de dezembro, véspera de Ano Novo.
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Dois novos selos:

Presenteado pelo queridíssimo Chu-chu, do blog 'Picolé de Chu-chu':
Este selo é dado aos blogueiros que realmente comentam (sem dar calotes) e participam com comentários inteligentes, não apenas a famosa frase cretina "Legal, passe lá no meu blog!".

Presenteado pela Maju do blog 'Marina Bolseiros': o selo abaixo é a prórpia descrição do conteúdo do blog, precisa dizer mais alguma coisa?

Agradeço a Maju e ao Chu-chu pela participação ativa, sensata, inteligente e ousada aqui no G.P.

Como manda a tradição, devo indicar outros blogs para receberem estes selos, eis os meus caríssimos da vez:

Assuntos de menina
RodrigoOsBunitão
Raciocínio Quebrado
Inutilidades
Blog da Kery

PS.: Os indicados podem levar os dois selos, vocês merecem!

Kiso

=*

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Blogger 2008: Foi bom para você?

Por Nat Valarini

Faltam poucos dias para o fim de 2008, como você avalia o resultado de suas postagens e parcerias neste ano?
A verdade é que, tornar nossas idéias públicas por meio de um blog pode ser uma faca de dois gumes e nós nunca sabemos qual será a conseqüência até que venha o primeiro comentário.
O público que lê é bem diverso, logo todo blogueiro, que se preze, deve ficar atento na hora de escrever, para que a mensagem que ele deseja passar seja bem compreendida e, antes de qualquer coisa, ele deve estar aberto para as opiniões que virão depois (boas ou más). Isso não cabe apenas aos textos, mas também, à imagem do próprio autor. Não tem jeito, as pessoas nunca comentam apenas sobre os seus escritos. Uma vez que as idéias expostas mostram à opinião de quem as escreve, quem lê se sente no direito de concordar ou discordar e emitir um ‘parecer’ sobre o blogueiro também.
Infelizmente, nem sempre a relação escritor/leitor é a mais amistosa, tanto por culpa do visitante que é por vezes agressivo na hora de se expressar, quanto do blogueiro, que não sabe lidar bem com os julgamentos.
Após algumas publicações viscerais aqui no GP, descobri que ganhei a notória fama de Garota Pendurada de personalidade forte. Entre os adjetivos mais usados para me descrever, dos quais tomei conhecimento, fiz a seleção dos mais curiosos: desbocada, parcial, radical, sacana, brava, exagerada, maliciosa, provocadora, desorganizada, pensativa, compenetrada, sincera, engraçada, amistosa, talentosa, ousada, descontraída, impetuosa, direta, entre outros. OK, vocês acertaram: sou tudo isso (e muito mais!).
Quando leio uma crítica, eu analiso bem e reflito sobre como este toque é bem vindo e de que forma ele pode me ajudar a perceber onde falhei e como posso melhorar. Foi gratificante notar que boa parte das pessoas gostou das postagens que publiquei aqui e que a mensagem passada através dessa página atingiu tanta gente, em geral, de forma positiva. Fazendo um balanço dos resultados, percebi que eu só tenho a agradecer pelas opiniões dos leitores que realmente leram e comentaram algo inteligente e me deram até uns bons puxões de orelha (e não por aqueles que diziam apenas: “- Legal, passe lá no meu blog!”), pois foi através dessas pessoas que pude ver os frutos do meu trabalho se multiplicando (e eu não estou falando do Adsense!).
Deste ano que se encerra, além de palavras rasgadas e um vasto vocabulário, adquiri com o Blogger muito conhecimento, algo precioso! A blogsfera me proporcionou conhecer novas poesias, contos, crônicas, análises esportivas, críticas sobre os mais diferentes assuntos, outras pessoas e por fim, fiz grandes amigos. Espero que o tempo que passamos juntos, trocando idéias e parcerias, seja tão maravilhoso para vocês quanto é para mim.
Faço através deste texto, a minha homenagem e o meu agradecimento a todos que vieram até aqui e principalmente aos melhores e mais participativos blogs (e respectivos autores), os quais tive o imenso prazer, quase orgástico (Uh-lah-lah!), em conhecer este ano.

E 'aí', foi bom para você?

PS.: Essa perguntinha cretina só é admitida em final de postagens pretensiosas como essa. Nem pense em dizê-la ao final de uma noite caliente de sexo selvagem, segundo algumas pesquisas, corta 'o clima'!

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domingo, 21 de dezembro de 2008

Cartões virtuais

por Nat Valarini

A internet está, aos poucos, substituindo o bom e velho cartão de papel. Eu, particularmente, ainda compro alguns cartões nas papelarias para distribuir entre algumas pessoas mais próximas, mas isso não me impede de recorrer ao e-mail ou orkut, especialmente se o amigo morar longe.
Além de diminuir o fluxo de correspondências nas agências dos Correios, a vantagem dos cartões virtuais está na agilidade da entrega, a variedade (com mensagens muito bem humoradas) e claro, na gratuidade do serviço.
Visitar alguma página que disponibilize os modelos como, por exemplo, o site "Mensagens Mágicas" te ajuda a escolher o que melhor se encaixa com a personalidade do seu amigo (ou com suas intenções). Eu escolhi este modelo para enviar aos meus caríssimos:


Mas de todas as opções disponíveis, cá entre nós, este aqui é um dos melhores:


É uma pena o Papai noel nunca ter colocado um exemplar deste debaixo da minha árvore! He, he, he...



Kiso
=*

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Novo selo

O blog "O Cri-critico" concedeu ao "Garota Pendurada!" este selo:
Agradeço ao Leo Pinheiro pela gentileza!


Repasso o prêmio a outros cinco (ótimos) blogs:

  1. Rodrigo OsBunitão
  2. Coisas da Vida
  3. Rumos, Ritmos, Relatos
  4. An Echo in My Mouth
  5. Grooeland

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Auto-ajuda = ajude a si mesmo!

por Nat Valarini

"Viver amanhã é muito tarde. Viva hoje" foi a frase que surgiu para mim hoje no Orkut, enquanto me questionava sobre certos assuntos espinhosos. Isso me levou a crer que há um complô para que eu vá pelo caminho tortuoso (quem tiver que entender, já sabe do que se trata!).
Voltando ao assunto, as frases encontradas principalmente em literatura de auto-ajuda, não são a solução para os seus problemas, funcionam como pequenos gatilhos que disparam apenas aquilo que há no seu interior, ou seja, a resposta está dentro de nós mesmos. Entregar a sabedoria otimista nas mãos de um cético imutável é garantia de perda de tempo, por exemplo: se afirmar para um homem que está prestes a se matar que aquela não é a solução , a única coisa que o impedirá é o fio de esperança que ainda resta nele e não uma mera frase.
Trocando em miúdos: não adiantaria nada abrir um livro e encontrar a citação "Sorria, pois a vida é bela!" se você estiver convicto de que existir não vale a pena, ou seja, se a própria pessoa não estiver aberta à mensagem, o ensinamento não surtirá efeito algum.
Antes que meus ‘fãs ao contrário’ venham mais uma vez dizer que sou radical e que exemplifiquem como já salvaram metade do planeta com filosofia de botequim, digo-lhes que não estou desmerecendo a sabedoria popular, apenas afirmo que àqueles que se beneficiam com as frases de efeito estão, antes de tudo, realmente dispostos e suscetíveis a elas, abertos a experimentação e o melhor: talvez não precisem delas, sua necessidade é de um 'algo a mais'. Afinal, há uma máxima que diz: “Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo.”
PS.: Sobre a frase que continua martelando a minha mente eu decidi fazer como a personagem do filme ‘E o Vento Levou’: “É, amanhã eu pensarei nisso, só amanhã, afinal, amanhã será outro dia!”.

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

"Não beba demais, fique limpo"

Por Nat Valarini
O título acima é a tradução livre para o título da campanha "Don't drink too much - stay gold" feita na Alemanha que busca conscientizar as pessoas sobre as conseqüências do uso excessivo de bebidas alcoólicas.
Além da frase em inglês que alerta os visitantes que chegam ao país que não falam alemão, outra grande sacada é a forma ilustrativa com a qual a mensagem chega ao seu público alvo: impressas em porta-copos, as fotos mostram momentos anteriores a bebedeira e no verso imagens de gente alcoolizada em situações constrangedoras.
Não tenho certeza se no Brasil a iniciativa atingiria bons resultados, tendo em vista que a campanha com fotos nas embalagens de cigarros acabaram virando motivo de gozação.
E vocês, o que pensam a respeito?


Visite o site e veja outras imagens e vídeos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Ho, ho, ho é o c*****o!

Por Nat Valarini


O blog sofreu uma pequena mudança no template para comemorar o natal ao meu estilo! Esta Mamãe Pinup é bem melhor que o Papai Noel, pois é mais charmosa que aquele velho barrigudo. Além disso, a figura mostra bem o que vem substituindo o espírito natalino: o espírito compulsivo! Penso que em breve vão parar de desejar "boas festas" para falar "boas compras", ainda mais nesta época. Por este motivo, ouço muita gente dizer que detesta o Natal. Gosto do natal, mas concordo quando dizem que o princípio básico desta data ficou de lado.
Ano passado atendendo a pedidos, enfeitei o local de trabalho com toda a parafernália natalina e um cliente elogiou a decoração, disse que fiz um bom trabalho e começou a falar bem da árvore de natal, comentou que já havia montado a dele e perguntou se eu já tinha montado a minha. Respondi que gosto de ajudar, mas não faço isso em casa, pois minha família não tinha esse hábito, para mim é indiferente.
No mesmo instante a revolta ficou estampada na cara do homem, e ele começou a dizer que as pessoas têm de ter o espaço para a ilusão, que aquilo fazia parte e a vida não era só a dura realidade, que nós precisamos da árvore e do papai Noel, aquilo é cultura, etc. Ele berrou até perder o fôlego.
Tentei explicar que não tive a intenção de ofendê-lo, mas quem disse que eu consegui?
Ele não parava de falar um segundo e finalizou dizendo que não estava gostando do rumo que a conversa tomou, valia a pena conversar quando as pessoas estão dispostas a dialogar e abrir a mente a novas idéias. Fiquei perplexa, pois além das frases do início do diálogo (que depois passou a ser um monólogo) eu não disse mais um “A”.
Por estar no meu ambiente de trabalho tinha que manter a pose. Passados alguns dias o cidadão retornou no dia de costume e eu o recebi com um sonoro e sincero bom dia, nós conversamos normalmente, como se nada daquilo tivesse ocorrido na semana anterior.
Dezembro me fez relembrar essa história e me levou a refletir sobre como boa parte das pessoas ainda não está preparada para lidar com as diferenças umas das outras e ainda dizem que estão plenas do clima natalino.
A maioria está repleta de ornamentos de plástico em suas casas e caraminholas na cabeça.
Não é mais fácil deixar que cada um faça suas escolhas e tenha suas preferências ao invés de tentar empurrar goela abaixo a sua verdade? Nascemos e crescemos em lugares diferentes, recebemos uma educação distinta, então por que (se puder me convença) todos deveriam gostar das mesmas coisas? Por que se preocupar tanto das outras pessoas não compartilharem das suas ilusões?
O time de futebol para o qual você torce, a roupa que veste, a cor de seus sapatos, seu corte de cabelo, onde passou as últimas férias, sua banda preferida, com quantos anos ‘perdeu’ a virgindade, se acredita em Papai Noel, se tem ou não árvore de natal em sua sala, isso é pessoal gosta e acredita quem quiser.
Não me venham com essa de ho,ho,ho.
PS.: Quer saber? Ho, ho, ho é o caralho!
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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vamos trepar com segurança?

Por Nat Valarini


Pode ir tirando o seu cavalinho da chuva que não estou lhe convidando para fazer um Ménage a trois com um homem gostoso que faz Freelancer como segurança de boate.
Mais que um questionamento, o título desta postagem vem alertar para um assunto muito importante: na hora de trepar, transar, fazer amor (dê o nome que quiser), você está se prevenindo?
Não precisa revelar suas intimidades nos comentários, sua vida particular além de não ser da minha conta, não me interessa, responda para si mesmo!
Muitos podem achar que este é um assunto ‘batido’ e que não vale a pena comentá-lo, porém se a realidade fosse mesmo assim, não teríamos tantas gestações não planejadas ou mesmo novos casos de pessoas contaminadas por alguma Doença Sexualmente Transmissível, entre elas, a AIDS.
Eu acredito que para a pessoa que se expõem aos ricos do sexo sem proteção, a menor das conseqüências é uma criança vinda fora de hora, o pior mesmo, é contrair uma doença grave pelo simples fato de ter se preocupado apenas com o prazer e não com as conseqüências. No fim do coito, você pode perceber que nem foi tão prazeroso assim e pior, acabou arriscando muito por tão pouco! Porque fazer um exame de sangue e descobrir que você se fudeu, mas não da forma como gostaria, tudo por causa de uma irresponsabilidade?
Brincadeiras à parte, não sabemos quem tem ou não uma DST, mas devemos aproveitar o momento sem prejudicar nosso bem-estar, tomando uma atitude simples e que pode salvar, além da sua própria vida, a de seu parceiro atual, ou de outras pessoas com as quais venha a se envolver no futuro.
De uma vez por todas, pare de se deixar levar pelo momento! Se a pessoa não quiser usar o preservativo masculino, há como opção a camisinha feminina, se ainda assim o (a) parceiro (a) não quiser usar de modo algum, saia fora, tem algo de errado! Usar camisinha é muito bom, pois além de evitar a gravidez e te proteger contra doenças ainda há muita variedade de modelos, muito interessantes, para todos os gostos: tamanhos que vão de acordo com a sua genitália, aromas deliciosos, texturas estimulantes, cores belíssimas, é praticamente um desfile de moda. Então, é só escolher a de sua preferência e mandar ver!
Não há desculpas, além de ser algo confiável, testado e aprovado pelo IMETRO, ela é super segura (se usada da forma correta) e também é muito barata. Para aqueles que não têm condições de comprá-la e não abrem mão do 'borogodó', há distribuição gratuita de camisinhas e outros métodos contraceptivos em postos de saúde e outros pontos de apoio.
Mesmo que você seja adepto de um sexo casual, ‘sem sentimentos envolvidos’, deve estar em primeiro lugar o amor próprio. Lembre-se: "Quem ama cuida!"

Cuide de você, da sua consciência e principalmente, de sua saúde!
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PS.: Faça uma visita ao meu outro blog ‘O CÃO INFIEL
Lá você vai encontrar tiras e crônicas bem humoradas de assuntos cotidianos
sobre a ótica do cão. Para aquelas pessoas que gostam de humor refinado com
pequenas doses de sarcasmo. http://ocaoinfiel.blogspot.com/


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Homens unidos pelo fim da violência contra as mulheres!

A campanha brasileira que leva o mesmo título desta postagem busca engajar toda a sociedade na luta por uma vida mais digna e sem violência, criando assim mais um laço de conscientização de que a mulher precisa e deve ser respeitada.
No site da campanha, você encontra um lugar para colocar seu nome e seu e-mail para participar. O abaixo assinado é um gesto simbólico, porém lembra que diversas vítimas já sofreram todo tipo de abuso desde agressão física até psicológica e que ainda hoje há outras tantas mulheres privadas de seus direitos e que a postura de todos faz a diferença!

Para participar, clique aqui!

terça-feira, 18 de novembro de 2008



Olá!

Sei que faz um tempo que estou sem postar por aqui, mas foi por um bom motivo:
Foi por culpa do Cão. Não do 'Cão-peta', mas sim, do meu novo blog.
Podem ficar tranquilos leitores, eu sempre serei uma Garota Pendurada, logo, não deixarei este blog na mão.
A minha necessidade em fazer O Cão Infiel se deu diante de outros trabalhos que faço e que seguem uma linha diferente da proposta deste espaço,logo para ficar algo organizado e também para não perder o foco, optei por criar mais uma página.
Para quem quiser conferir clique aqui
Bjoks e ótima leitura!


BlogBlogs.Com.Br

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Abortar ou parir: Mais que um dilema moral, é uma questão pessoal.

Por Nat Valarini

Que tema mais delicado, não é mesmo?
Antes de escrever sobre o assunto, pensei muito se deveria fazê-lo tendo em vista todos os comentários que devem vir a seguir: muitos retaliando por serem de opinião contrária, alguns dando apoio e outros em cima do muro (com receio de dar seu ponto de vista e serem mal vistos) por ser um assunto espinhoso sobre o qual muitos preferem não opinar.
Como eu quero mais é que as críticas venham, dou início à discussão sobre o direito mais primordial: o direito à vida.
Antes que os fanáticos pensem que estou do seu lado, deixo claro que para mim esse direito não se resume a simplesmente botar mais uma boca no mundo. Sendo bem parcial, acredito no direito à vida, mas com qualidade. Infelizmente, casais desinformados, pessoas promíscuas e desajustadas, mesmo com tanto acesso à informação ainda se expõem aos riscos do sexo sem proteção adequada e isso, além de aumentar o número de pessoas contaminadas pelos mais variados tipos de DST’s, jogam no mundo criaturas que não pediram para nascer e, sabe-se lá qual será o futuro delas. A gravidez não planejada ainda possui outro aspecto: a violência sexual, principalmente, a que ocorre dentro do silêncio, protegida pela falta de denúncia. Esta é uma praga geradora de chagas na sociedade e também de crianças sem perspectiva de vida.
Pois bem, quer saber minha opinião: sou a favor do aborto.
Isso mesmo, eu dou todo apoio!
Provavelmente vou ler críticas, principalmente de religiosos, porém as instituições capengas que criticam os métodos anticoncepcionais e também o aborto, não dão comida nem educação aos filhos dos miseráveis. Eu creio em DEUS, mas eu não acredito que Ele queira ver as mães explorando crianças no sinal para pedir esmola. Levando a questão para a responsabilidade dos governantes, tenho a certeza de que uma boa parcela do governo quer mais gente burra, faminta e dependente para votar de quatro em quatro anos, não investindo assim em políticas de educação e saúde para evitar que as famílias se multipliquem como bactérias que se reproduzem por divisão binária.
Pelo contrário, alguns políticos criam mais programas assistencialistas ‘únicas alternativas’ como vale gás, fome zero, bolsa escola, bolsa família, entre tantas outras bolsas que não funcionam como deveriam na prática, ao invés de investir também em educação que abre a cabeça e transforma pessoas, tornando a nação brasileira no país dos marsupiais (para quem não conhece o termo, marsupial é um animal que gera seus filhotes em bolsas, como os cangurus e gambás), então nosso povo está como estes bichos, gerando seus filhotes dependendo de bolsas, mas principalmente, dependentes do governo. Coitados!
Sim, cidadão de bem que paga seus impostos, para aqueles que dominam a situação política e econômica neste nosso ‘Brasilzão’, quanto mais infortúnio para o povo, melhor para eles. Deste modo as pessoas tornam-se mais dependentes deles, mais fáceis de serem dominadas. Não se engane com as promessas e favores, eles dão o peixe, mas não ensinam ao pobre a arte de pescar. E para quê? Para que a ‘dona Maria’, o ‘senhor José’ e sua penca de filhos os elejam na esperança de ganhar um teto, que nunca vem, ou se vem, com certeza é longe do caminho onde seus carros importados circulam. Sim, estou sendo dura, mas a vida real não é cor de rosa e a fome não tem uma carinha de bebê caucasiano gordinho e rosado.
Quem tem fome não pode esperar, principalmente, quem tem filhos famintos não consegue aguardar ser ‘presenteado’ com o benefício do Estado. Problemas sociais, como o aumento da criminalidade e o desemprego, caminham na mesma via da taxa de natalidade.
O fato é que casais que têm menos filhos, conseguem se estabilizar financeiramente, têm uma vida profissional mais regrada e, com isso, mais acesso a educação e cultura, podendo oferecer aos seus descendentes, condições iguais ou até melhores oportunidade de vida. Quanto menor o grau de escolaridade e a renda da família, maior o número de seus rebentos o que diminui drasticamente o acesso às necessidades básicas, logo, aquele ditado popular que afirma que "onde come um comem quinze" é pura balela para ludibriar trouxa.
Não tirem conclusões precipitadas achando que eu sou alguém cruel e que não pensa em outras saídas alternativas como a adoção, acho isso louvável. Porém, no Brasil tudo é lento e burocrático (em parte com razão, na maior parte das vezes, desnecessário) e já é sabido que há vários casais tentando adotar, mas que esbarram na lentidão da justiça e novamente afirmo: as crianças não podem esperar!
Mais uma vez, menores de idade são castigados pelo abandono das suas famílias e morosidade dos órgãos responsáveis por lhes dar um novo lar. Mal educados, em todos os sentidos, eles crescem e são despejados no mundo-cão, sem bagagem de vida, sem profissão, às margens dessa sociedade hipócrita que insiste em empurrar pela nossa goela que a vida é semelhante a uma novela.
Deixo claro que não sou a favor da banalização mas sim da legalização do abordo. Sou absolutamente contra a postura de mulheres sem consciência que têm filhos a torto e a direito e que recorram sempre ao aborto ao invés de se prevenir, agir assim, de forma leviana com a própria saúde, é tomar uma atitude burra e impensada. Em todo caso, há métodos contraceptivos, todos muito eficientes, na falta ou falha dos mesmos, ainda é possível recorrer à pilula do dia seguinte. Acredito que o aborto deve ser a última alternativa, mas se for preciso, que seja feito e que seja garantido por lei.
Se, para você, meu ponto de vista é amoral, eu esfrego em sua cara que pior do que estas palavras vomitadas é a hipocrisia. Cabe a gestante decidir se deve ou não prosseguir com sua gravidez, não cabe a mim, muito menos a você, pois a decisão sobre o que fazer com o próprio corpo, será sempre da mulher.
Direitos humanos garantem também a liberdade de expressão. Mais que um dilema moral, esta é uma questão pessoal. Deixo para todos uma reflexão: Se o aborto é mesmo um crime, comece a recolher todas as crianças maltratadas, participe ativamente de movimentos em prol da adoção mais rápida, faça uma ‘limpeza’ nas ruas, não dê um peixe em forma de esmola ao pivete do sinal para saciar sua fome só naquele instante. Se você crê tanto em DEUS use a máxima do ensinamento cristão para com o seu próximo: ensine-o a pescar, pois ele comerá não apenas hoje, mas para sempre.

Para saber mais:


O espaço do blog está aberto aos comentários e discussões. Por que você é contra ou a favor? Chegou a estas conclusões por si só ou algum moralista socou estas idéias na sua cabeça?

Quem é a contra ou a favor do aborto diga seus motivos de forma sensata, explane suas idéias e respeite quem discorda. Muitos pais e escolas não ensinam, mas democracia se faz assim!

Como disse Mahatma Gandhi: " A intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático."

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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Conto Erótico: o tiro que saiu pela culatra

Por Nat Valarini

Você já teve a curiosidade de ler algum conto erótico? Se bem escritos, essas ‘estórias’ podem ser bem interessantes. Entretanto há um fato curioso que insiste em chamar minha atenção, por mais que eu relute em fazer vista grossa: os caras em geral tem de 18cm para cima (para cima, para o alto e avante!) e conseguem fazer sexo facilmente com alguma mulher tipo físico padrão, leia-se, gostosa. Muitas vezes, na fatídica hora do ‘vamo vê’, além do feijão com arroz básico, rola sexo anal de primeira e algumas picardias desconhecidas pela maioria da população adulta sexualmente ativa. Tudo isso com mais facilidade do que receber um favor mediante pagamento de propina. Fico impressionada imaginando a que se devem essas facilidades encontradas nestes contos, mas isso é o de menos quando, além dos amantes sedentos por um momento de luxúria, começam a surgir elementos estranhos na trama.

Dia desses, uma garota publicou o conto dos contos, tudo parecia tentador, o ambiente era misterioso e começaram as descrições de mão naquilo, aquilo na mão, aquilo crescendo na mão, rolou de tudo. A atmosfera de desejo e malícia em torno do casal faria até um monge tibetano largar a meditação subir pelas paredes, era de dar água na boca. A expectativa só não era maior que a sucessão de lorotas sem fundamento que se seguiram. Só para explanar brevemente, nossa amiguinha citou, por exemplo, que após a tórrida noite de amor, o garanhão pediu o telefone dela, mas ela preferiu não dar (além do que já havia dado) e resolveu pegar no dele, digo, o dele... o número de telefone do cara. Porém, logo adiante ela diz que o camarada ligou para ela. Peraí! Se só ela pegou o telefone, como ele ligou para ela? Seria telepatia?!

Então eu pergunto: Até que ponto situações impossíveis de acontecer, que são utilizadas como tiros de salvação por escritores desesperados, prejudicam a qualidade dos textos e os tornam previsíveis, às vezes tolos, demais. Esta jogada é perigosa, pois na tentativa de apimentar as linhas que se seguem, pode sair um tiro pela culatra que, além de lhe dar um susto, vai espantar aqueles com os quais o autor sempre quis aproximação, o leitor. Quando converso sobre sexo com alguém, noto que boa parte dos indivíduos ainda não realizou suas fantasias na prática e, para muitos, a tal ‘entrada dos fundos’ parece ser um sonho distante, tão difícil de alcançar quanto o final do arco-íris. Logo, os fetiches dos contos enchem seus coraçõezinhos de uma pontinha de inveja dos protagonistas, mas também os deixa ressabiados quando percebem que há um fato sem pé nem cabeça na narrativa o que gera incredulidade no trabalho do autor.

Além de exercer seus dotes picantes / literários, o escritor erótico busca extravasar na ficção sua vontade de comer e se lambuzar, muitas vezes, não realizadas na vida real. Nem vou tocar no ponto de frustrações pessoais, porém, não dá para começar escrevendo que era noite de chuva intensa, tão intensa quanto os lábios vermelhos da vizinha que morava na casa ao lado, Kátia Alessandra, e que aquela visão da deusa de ébano o fazia suar mais que o sol de rachar que castigava o jardim neste momento enquanto a desejava da janela de seu apartamento. Percebeu a contradição? Bom, este é apenas um exemplo, espero que ninguém tenha tido o disparate de escrever uma asneira dessas em romance algum. Por mais que o conto dê alusão à fantasia para estimular o cérebro (e outros órgãos) daquele que o lê, é preciso dar algo a mais, que tal dar um pouco de... Coesão e coerência?

De qualquer forma isso explana como os hormônios em ebulição de alguns autores atrapalham mais do que contribuem no momento da criação. Um puxão de orelha que vale para qualquer tema abordado: Preste atenção naquilo que faz! Não permita que a criatura, neste caso o texto, se volte contra você e o devore.


Para saber mais:

Garota Pendurada gosta de tudo com muita pimenta, em especial, aquilo que mais dá o que falar nesse nosso Brasilzão: Análises políticas!

O que foi? Pensou que eu ia dizer o quê? Hehehehe...

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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Descendente de mulher de vida fácil!

Xingar pode ser uma ótima terapia.

Por Nat Valarini

- Eita porra! É um caralho de asa mesmo!

- Que coisa mais feia menina! ‘ Vê’ se xingar é coisa de moça decente? Caralho, caralho... O que é caralho? E essa tal de porra que você tanto fala. Ultimamente você anda com a boca cheia de caralho e porra. Pare de xingar ou lavo sua boca com sabão, sua filha da puta!

- Ãh... mãe!

-O que é?

- Você acabou de me chamar de filha da puta!

- VAI PARA O SEU QUARTO AGORA!

- Uahauhauhahau...

Criei o diálogo acima para ilustrar como os palavrões já estão inseridos em nossa cultura, não exatamente querendo intitular ‘carinhosamente’ a mãe alheia, mas estes e outros termos são ditos automaticamente, meio que sem pensar, como quem diz bom dia. Como se tornaram comuns em qualquer círculo social, o palavreado de baixo calão, antes tido como coisa de gente pobre, aculturada e mal educada, já pode ser ouvido vindo da boca de pessoas nobres e distintas. Muitos se questionam em como não dizê-los sendo que o mundo está cheio de pessoas dignas de receberem os tais tratamentos. Já que “Lulinha magavilha” não baniu estas expressões com a reforma ortográfica (até porque, se o fizesse, as conversas no cenário político passariam a ser monossilábicas), continuemos a usá-las sem muita parcimônia, mas no momento oportuno. Afinal como disse o grande filósoso Aristóteles: " Qualquer um pode zangar-se - isso é facil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é facil."

A coisa deve ser bem mais ancestral do que imaginamos.

Antigamente diziam: “- Rebento de progenitora vadia!”, ou para os mais íntimos, simplesmente: “- Filho da puta!”. O fato é que até hoje essa expressão, assim como a meretriz que lhe deu fama, caiu na boca do povo, junto com outros palavrões em frases de efeito como: “Vá tomar lá” (lembrando que aquele que toma lá, dá cá, dá mesmo e às vezes muito mais do que se pensa, ele dá!), a célebre e repaginada “- Eita porra!” e a não menos importante e atual “– Ah, Caralho!”.

Seja para alcunhar, demonstrar inveja, agradecer, comemorar, zombar, ou chamar afetivamente (por que não?), a palavra obscena é tão popular quanto tatuagem na testa (pensando bem, tatuagem na testa ainda continua às margens da sociedade...), melhor dizendo, é super comum. Não lembro quando foi a primeira vez que meus lábios tornaram-se sujos, mas xingar virou um vício que eu até tentei abandonar, que depois tornou-se algo corriqueiro e relaxante, tendo em vista que diminui o nervosismo, uma vez que é possível, através dessa manifestação verbal, pôr para fora sentimentos escusos que não devem ser guardados, pois fariam mal à saúde física e emocional. Com os altos índices de stress causados pela vida moderna, alguns se matam, brigam sem motivo aparente com quem não devem, já outros xingam, colocam para fora a raiva, mesmo que sozinhos, e depois de estravasado aquele sentimento ruim passa.

De qualquer forma, apesar dos xingamentos terem sido disseminados pela população, ainda não são bem quistos pela norma culta e padrões de educação e moral, porém quem dita as regras também deva ser adepto do bom e velho turpilóquio. Vai dizer que acredita mesmo que Aurélio (aquele mesmo, vulgo pai dos burros) jamais xingou, acha mesmo que ele nunca soltou um “filhinho-de-uma-putazinha”? Eu não acredito nisso. Na verdade, acho que quem regula o vocabulário sujo e condena quem o usa em momentos mais que oportunos, não é uma pessoa muito confiável. Exagerada eu, não? Pode começar a espernear, dizer que discorda e que isso é um absurdo e muita falta de educação. Ok, realmente é, mas você ainda vai entender o que eu quero dizer, permita que eu desenhe:

Pense naquele ser mais ‘Caxias’, educado, pedante e falso que você conhece. Tudo para ele deve ser milimetricamente aferido, tudo para ele é tão fino e engomado que chega a dar nojo de tão politicamente correto e mentiroso que ele é, um perfeito reprimido que passou a vida pondo a mão na boca para não escancarar seus anseios e revoltas, com o objetivo único de sustentar sua imagem de bom moço. Se você se desentender com um tipo desse qualquer dia, o clima vai ficar chato. Talvez você se pergunte: “- Como pude ser grosseiro com alguém tão ‘amável e correto’? Repleto de sentimento de culpa, você até se sente constrangido pela situação (ok, talvez não seja assim normalmente, mas continue imaginando...). Como boa pessoa que você é, vai chegar até o cidadão para uma conversa franca onde, ele, ferido, vai expor suas dores (mas não todas, afinal ele é um tosco, só não se deu conta disso ainda), vocês vão se desculpar mutuamente e colocarão uma pedra no assunto, assim tudo está resolvido e as pazes feitas.

Porém uma coisa, querido leitor, eu te garanto: lá no íntimo o bastardo te apelidou pelos piores títulos, os únicos codinomes pelos quais ele não te chamou foi santo e talvez rapadura. Dalí há algum tempo, você vai ter a notícia de que o miserável morreu de câncer em algum lugar significativo, no coração porque não expeliu a raiva no momento e deixou-a se transformar em mágoa antes de conversar contigo, na cabeça porque ruminou todas aquelas idéias más a teu respeito, mas provavelmente ele tenha tido metástase na língua por não ter te xingado por aquilo que você merecia ouvir no momento da sacanagem... Oh! Pobre imbecil.

Se conhecer alguém assim, me avise. Faço questão de comprar-lhe uma bela e sucinta coroa fúnebre de flores, mesmo que este ainda viva, pois se ainda não tiver partido desta para melhor, com toda certeza irá em breve, onde constarão os seguintes dizeres: - Aqui jaz um frouxo descendente de mulher de vida fácil... Tomou no cu!

Para saber mais:

Momentos de ócio deram impulso para a criação desta e de outras crônicas que virão em breve.

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Muchas Gracias!

O Garota Pendurada! recebeu três presentes.
Nossos leitores
atenciosos concederam a este blog os seguintes selos:


Gúh! entregou ao garota pendurada:

Luccannus e Inquilino do Sublime presentearam com:




Quero agradecê-los pela indicação, fico feliz em saber que meu trabalho foi bem recebido por eles e por tantos outros. É por vocês, leitores, que trabalho arduamente em meu notebook em busca de inspiração para matérias interessantes.
Bjoks!

PS.: Mas não pára por aí, indico mais 10 pessoas (segundo às regras), para receberem os mesmos prêmios. Procurei colocar blogs que além de bons, ainda não receberam estes selos.
Segue a lista dos felizardos abaixo (clique nos nomes para visitar):

O Protótipo de um jornalista
Sem destinatário
Palavra Ácida
Garoto Problemático
O Cri-critico

Na Mira do Felipe
O Cão Ocidental
Questão de Opinião
Oh La La!
10º
Deleite à leite

domingo, 2 de novembro de 2008

Parabéns para você!

Por Nat Valarini

Pena que o sujo e imundo não consiga levantar o rabo da cadeira para receber meus cumprimentos. Sim, se a carapuça servir, eu vou até aí o parabenizar pela morte de sua educação, pela ausência de atitude, por sua preguiça descarada, por fingir que não é com contigo. De que vale seu conhecimento, arrotar cultura refinada e boas maneiras sendo que não as utiliza?

- Não é comigo! O indivíduo responde, quando os bueiros estão abarrotados de embalagens dos mais diversos produtos ou aparece uma matéria no jornal mostrando alguém clamando por socorro em meio a uma enchente, ou mesmo quando um trecho da estrada arde em chamas porque um gênio’ tomou sua cervejinha long neck e não esperou parar o carro em local adequado para jogar fora a garrafa, atirou fora sem nenhum peso na consciência (não poderia, isso é algo que este tipo de gente não possui). Ele pensa: "- Foi só um raio solar que bateu sobre a garrafa, que aqueceu o vidro e em seguida queimou o mato e deu início a um foco de incêndio que agora, já tomou proporções monstruosas!" (sim, isso acontece muito no cerrado do Distrito Federal, principalmente em época de seca). Como é que o cidadão poderia imaginar que uma coisa dessas aconteceria, não é mesmo? Era apenas uma garrafa inofensiva...

A garrafa era inofensiva realmente, o nocivo aqui é o ser que vira a cara para o outro lado, direciona o olhar vazio para a janela e só encontra o detrito que ele mesmo atirou porque não poderia aguardar para chegar até uma lixeira. Já ouvi alguns animais desses falarem: "-Todo mundo joga lixo na estrada, o que é que tem?" Eu respondo: - Sim, todos os mal-educados atiram a podridão pela vidraça porque não sabem lidar com a porcaria que produzem, querem se livrar dela a todo custo, visto que não conseguem suportar a idéia de segurar a garrafa, latinha de refrigerante, embalagem do chocolate, seja lá o que for, até a próxima parada e fazer o que se deve.

Pensando bem, não posso nem me referir a uma pessoa assim como animal ou mesmo lhe chamar de porco, pois nunca vi um porco andando de ônibus, comendo batatas da moda e jogando o recipiente na pista. A verdade é que um suíno tem mais consciência ambiental que ditos-cujos assim. Na realidade, porcos são animais limpos e inteligentes, já pessoas assim não chegam aos pés, digo, às patas destes bichos. Parabéns aos porcos de verdade! Vocês sim merecem minhas congratulações!

Talvez alguma criança, enquanto brinca distraída, corte os pés nos cacos de vidro da sua ex-garrafa, quem sabe ela precise amputar a perna causada pela infecção gerada por este corte? Às vezes acontece... Infelizmente, na próxima chuva, as embalagens, os papéis, enfim todo o resíduo abandonado será arrastado até as ‘bocas de lobo’ que serão entupidas, a rede de águas pluviais não vai conseguir cumprir a sua função, afinal, elas coletam água e não matéria sólida. A enxurrada vai tomar conta das ruas, transformando-se em grandiosas enchentes, castigando gente correta que dá às sobras o o seu devido destino, tudo por causa de alguém que não teve a capacidade primária de arremessar o lixo no seu devido lugar, o lixo. Parece exagero, mas se aqueles que sujam sem pensar nas conseqüências, imaginassem que verdadeiras catástrofes podem acontecer devido a seus pequenos gestos, será que eles o fariam? Ainda bem que nem todos são sebosos, pois se a população resolvesse jogar seu lixo no chão seria insuportável, ao menos para mim, viver num lugar assim.

Chupou uma balinha e não encontrou lugar para colocar a embalagem? Guarde no bolso, na bolsa, segure nas mãos, enfim, espere até encontrar um lugar certo para colocá-la. Não consegue aguardar? Então soque-o no seu orifício anal, mas não jogue no chão. Saiba que os nobres trabalhadores garis não vão perder os seus empregos porque você se portou de maneira educada e correta.

Àqueles que fazem o que é certo, continuem assim. Por outro lado se você pertence ao grupo daqueles que atiraram seu senso de coletividade no chão junto com a casca da banana que acabara de comer, eu desejo com toda sinceridade, do fundo do meu coração, que esta casca atraia ratos, milhares deles, e que estes corram agradecidos e famintos atrás daquele que os alimenta. Só as ratazanas e outros vetores de doenças podem querer a companhia de um defunto, que espalha imundicie por onde quer que vá. Para mim, pessoa que joga lixo no chão não tem nada na cabeça, deve ter tido o cérebro devorado por vermes, está vagando enquanto vegeta, morreu e nem percebeu, não está apta a viver em sociedade. Se você é um tipo desses, se endireite, crie um mínimo de vergonha na cara e faça a coisa certa ou então, pare de fazer peso na terra.


Agradecimentos:

Marcos Valarini (revisão de texto)
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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Nem femista nem machista:

Na guerra entre os sexos eu prefiro ficar do lado da Cruz vermelha

Por Nat Valarini



Já faz um tempo que a mulher conseguiu mostrar seu valor e importância na sociedade e desfrutar de direitos semelhantes aos dos homens após saírem às ruas em movimentos feministas. De lá para cá, muitas mudanças significativas foram conquistadas, mas também muita água rolou por debaixo da ponte. Como estou falando de mudanças, muitas delas não vieram de maneira pacífica, mas foram alcançadas por meio da ‘guerra’. Falando de homem e mulher não foi assim tão diferente. Entre mortos e feridos, o que restou de tudo isso hoje? Scars baby... em alguns casos, cicatrizes difíceis de sarar.

A verdade é que as mulheres têm tanta capacidade quanto os homens para realizar atividades como: dirigir, assumir um cargo de chefia seja no emprego ou na família. Da mesma forma um homem pode, sim, cozinhar maravilhosamente bem, cuidar dos filhos e realizar outras tarefas tidas como estritamente femininas. A mulher de hoje quer, e com razão, ganhar salários equivalentes aos dos homens, mas nós meninas também podemos dividir a conta do restaurante, porque não?

Acho que o principal motivo das brigas entre os sexos vão além de gênero, postura e cultura. Entra na disputa de interesses muito orgulho e egoísmo. Após décadas de repressão, algumas garotas preferem não agir de determinado modo para não se tornarem vassalas e os rapazes preferem seguir à risca a forma como a sociedade ensina que um homem deve se portar para não ferir sua masculinidade. Meu caro guri, você não vai ter o pênis amputado por ajudar sua mãe a limpar a casa. E você guria, não estará transformando-se em escrava por cozinhar para o seu esposo, namorado ou mancebo.

Para algumas colegas fêmeas, é um absurdo você dizer que fez o jantar ou que passou a roupa dele, que isso é ser submissa. Na boa, sou casada e faço essas coisas para o meu esposo porque o amo e posso fazê-las por opção. Ele age da mesma forma para comigo. Perdi a conta das vezes em que cheguei a casa após um dia cansativo de trabalho e tudo estava limpo, comida feita e fui recebida com carinho e, mesmo assim, ele não deixou de ser homem por isso e também não achou que ia lhe quebrar um braço se o fizesse. De qualquer modo, esta postagem não veio para tratar de afazeres domésticos, mas sim alertar sobre alguns equívocos que aconteceram ao longo do tempo.

Vejo algumas pessoas que de feministas tornaram-se femistas. Sim, versões machistas, só que para mulheres, uma distorção do movimento feminista que busca questionar o tabu da superioridade de um sexo em relação ao outro, o femismo acredita na superioridade da mulher em relação ao homem e eu não creio que isso seja verdade. Ora, não pensem que faço o estilo subordinada nem venham apedrejar o meu blog ao lerem isso, mas, eu acredito que, quando há excessos todos tendem a perder alguma coisa. Femistas? Machistas? Para mim são todos babacas. Da mesma forma que eu não gosto de ouvir um ignorante dizer que mulher só serve para pilotar fogão, um homem não se sente muito à vontade ao ser destratado, humilhado e acusado pelo simples fato de ser do sexo oposto. Claro que há casos e casos, mas eu estou falando do lado hard da história.

Quem você pensa que é ditando palavras de ordem? São ruins tanto a ‘mulher Amélia’ quanto o homem machista que criam os filhos sem noção de respeito numa perspectiva preconceituosa. Tão ruim quanto a Amélia e o machista é a mulher mulherzinha, que grita por direitos iguais faz e acontece, mas na hora de partir para a igualdade de verdade, pula fora querendo recorrer ao seu ‘lado frágil’, acho isso uma atitude burra e também, machista! Mulher machista é foda! Sim, pior do que esses três juntos sem dúvida é a pessoa hipócrita. Sei que ainda há muito preconceito e desigualdade entre os sexos, porém eu creio que não é a intolerância que vá fazer esse quadro mudar.

Se você me disser que ao ler a postagem anterior que falava sobre “Feminicídio: a problemática da violência contra a mulher” pensou que eu era femista e que agora virei a casaca, está enganado (a)! Não aprovo ‘ismos’, acho que eles não levam a nada. Sou simplesmente uma mulher centrada que sabe e gosta de ser mulher e que gosto e sei reconhecer o valor de um homem de verdade, sem tantas máscaras, apenas o ser humano, dentro de suas necessidades e limitações, onde ambos os sexos se complementam. Nós vivemos em um planeta caos que deve ser melhorado com a cooperação de todos, não estamos na ilha das guerreiras amazonas, nós precisamos dos homens e eles de nós.

Vamos sim, lutar por um mundo mais justo, mas para todos, homens e mulheres, pois se for armada uma nova guerra, eu não darei pitaco em nenhum dos lados, vou socorrer os feridos junto com a cruz vermelha.

Fala-se muito em paz e igualdade, briga-se (ao invés de reivindicar) por muito pouco.

Para saber mais:

Dedico esta postagem a todos que lutam pelos princípios básicos Liberté, Egalité, Fraternité (Liberdade, igualdade e fraternidade).

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Feminicidio: a problemática da violência contra a mulher

Por Nat Valarini


Estamos no ano de 2008, com tanto acesso a informação e a educação, ainda hoje um hábito ultrapassado e carrancista paira em nossa sociedade: o domínio sobre a mulher através da força e humilhação. Não é incomum vermos na mídia casos de crimes baseados em gênero, ou seja, homens justificado atos de violência contra as mulheres em nome da honra e do orgulho de macho ofendido.

Quem não se lembra do caso Sandra Gomide (foto ao lado), assassinada pelo ex-diretor do Estadão, Pimenta Neves, inconformado por ter sido rejeitado após o fim do relacionamento, o jornalista assassinou Sandra friamente e apesar da barbárie que cometeu está livre, desfrutando de toda liberdade, mesmo tendo sido condenado. O exemplo mais recente e muito divulgado é o caso Eloá. Motivado por ciúme o ex-namorado seqüestrou a moça e após mantê-la refém por aproximadamente 100 horas, matou a jovem de 15 anos com dois tiros e baleou sua amiga Nayara. Casos como estes não são simples crimes passionais, mas sim o retrato escancarado da violação dos direitos da mulher.


Não é possível que os meios de comunicação ainda abordem casos como estes numa atmosfera de romance como se estivessem filmando um reality show. Ao invés de buscar conscientizar as pessoas, tudo o que vejo são os (anti) profissionais de mídia darem notícias sensacionalistas na guerra pela audiência, noticiando que ‘em nome do amor jovem persegue e elimina namorada’. Que amor é esse que esquarteja a integridade física e moral de outra pessoa? Que sentimento, senão o de posse leva um homem a querer obrigar uma mulher a ficar com ele até as últimas conseqüências? O nome disso é feminicídio (ou femicídio, como você preferir).

Em alguns casos, a impunidade persiste restringindo o direito à vida, à liberdade e à individualidade, privando assim o ser do sexo feminino de usufruir inclusive dos direitos humanos, transformando o relacionamento em desrespeito metódico. Todos os anos, em diversas partes do mundo, mulheres de todas as idades são maltratadas, humilhadas, mutiladas e assassinadas. Pelo simples fato de serem do sexo oposto, alguns homens ainda se vêem no direito de exercer poder sobre a vontade da companheira ameaçando-a e violentando-a e apoiados na cultura patriarcal tentam justificar o que não tem explicação. São pais, irmãos e companheiros que agridem por anos seguidos as suas mulheres, propagando a violência doméstica e perpetuando os mesmos hábitos nas descendências seguintes, uma vez que estes maus exemplos são passados de geração para geração.

Em vários locais, a cultura do medo faz com que casos de homicídio de meninas não sejam levados em consideração nem mesmo pelas autoridades que fazem vista grossa diante dessa situação. Dessa forma, há o crescente número de mortalidade feminina que é causado também pelo abandono e negligência com relação à saúde já que em muitos países, somente o homem é respeitado e valorizado.

Houveram alguns avanços no Brasil, como por exemplo, a lei Maria da Penha, mas mesmo assim é preciso cobrar que a justiça seja aplicada de forma mais eficiente e lutar pelos direitos das mulheres, protestar para que os agressores recebam a punição devida.

Para saber mais:
Livro Femicide: The Politics of Woman Killing - de Diana Russel e Jill Radford
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terça-feira, 14 de outubro de 2008

e-SEX: O que leva pessoas a trocar o sexo real pelo virtual?
Por Nat Valarini

Com a inclusão digital, facilidades para comprar um computador pessoal e a abertura de lan houses, o acesso a informação e as comunicações tornou-se mais simples.
Seja para ler as notícias de economia ou para conhecer pessoas, o que não falta são opções de sites de relacionamento e salas de bate papo. Além de expandir a rede de amigos, as pessoas fazem contatos profissionais e até fazem relações sexuais virtuais.
Escondidos pelo anonimato, homens e mulheres entregam-se a fantasia de encarnar um personagem esteriotipado, muitas vezes, completamente diferente de sua personalidade na vida real. Fora da realidade, pode-se experimentar de tudo inclusive, se passar por alguém de sexo oposto, dizer que é loiro de olhos azuis, mesmo sendo moreno de olhos pretos, falar que é alto tendo na verdade 1,50m. Uma identidade falsa e a garantia de não ter compromisso com o parceiro on line são grandes atrativos do sexo virtual, além de ser mais fácil de se conseguir um "contato mais íntimo".
Nos chats há salas especialmente voltadas para o tema com públicos variados: GLBT, pegação, sexo casual, Sadomasoquismo, voyerismo e por aí vai. Até nas salas destinadas a amizade, por exemplo, você encontra alguém ‘chamado’ Gato manhoso, Taradinha ou 23cm na cam. Apelidos sugestivos são usados pelos internautas como chamariz na busca por relações à distância.
Se a conversa for agradável, o casal dá continuidade à relação, caso o vocabulário seja fraco, segundo os adeptos, é só escolher outra pessoa e soltar o verbo, afinal toda a excitação sem contato físico vai ser gerada nos pensamentos da pessoa, quem quer experimentar, vai munido de muita imaginação.
Quando é apenas um exercício das fantasias sexuais, não há problema. Passa a existir uma situação mais delicada quando a pessoa se isola socialmente, e restringe suas relações apenas à internet.

Na adolescência isso é muito comum, pois é uma fase de profundas mudanças e como alguns jovens possuem baixa auto-estima e um elevado grau de timidez, alguns exageram no contato virtual e passam a trocar relacionamentos sociais saudáveis por um personagem fictício de jogos eróticos ou uma conversa em um chat, por não acreditarem na sua capacidade na hora da conquista. Não são raros os casos de pessoas que se isolam para dedicar-se ao mundo virtual.
É preciso ter discernimento de tudo o que se faz e não viver em função disso, até porque, se a incapacidade de se envolver com outras pessoas sem ser pelo computador não for tratada no início, pode evoluir para a vida adulta causando um empecilho para o indivíduo fazer coisas simples como trabalhar, estudar e namorar.

As armadilhas da rede
Há pessoas que buscam algo totalmente casual, outras querem fazer contato e se o parceiro for agradável, podem passar do virtual para o real, mas com o mesmo objetivo: sexo. Há pessoas que após manter um contato de meses marcam encontros e chegado o momento de conhecer, a verdade não é nada daquilo que elas esperavam. Há muitos casos de encontros marcados pela internet com perspectivas de namoro, amizade ou trabalho, mas na realidade do outro lado estavam assaltantes, pedófilos entre outros. O criminoso joga a isca, prometendo tudo o que a vítima gostaria de ouvir, mas que ele, na verdade, jamais cumprirá.
Existe um filme de Bill L. Norton que trata bem deste assunto Every Mother’s Worst Fear (ou no Brasil, “Vitimas da internet”) onde é retratada a situação de uma menina seduzida por um homem que conheceu pelo computador e é raptada por uma quadrilha de tráfico de garotas para a prostituição. Alguém pode dizer que é exagero, porém essa prática é mais comum do que se imagina. E como nosso blog recebe a visita de pessoas de todas as idades, inclusive adolescentes, é praticamente, um alerta de utilidade pública. Ao fazer contato com algum desconhecido, independente do assunto, evite fornecer informações pessoais.

Garota Pendurada! Entrevista

Conversamos com o internauta Giácomo* que já praticou sexo virtual e conta a sua experiência, que você, leitor, acompanha agora:

Garota Pendurada! : O que te levou a fazer sexo virtual?
Giácomo: “Não seria bem o que me levou a fazer sexo virtual, não planejava fazer sexo virtual... queria conhecer pessoas "descartáveis", bater papo. Comecei entrando na sala Amigos, depois Paquera e foi indo. Aí me bateu a curiosidade de entrar na sala Sexo. Comecei trocando idéia e foi.”

GP! : Você se lembra de como foi a sua primeira experiência deste tipo, foi algo realmente prazeroso?
G: “Nem me lembro bem como foi o primeiro contato, mas lembro de ter sido bem gradual.”

GP! : Você faz sexo virtual com freqüência?
G: “Nunca mais fiz, não me atrai mais.”

GP! : Por que?
G: “Fiquei sem contato com essa prática... é como um hábito... se você fica sem praticar vai pensando melhor se vale a pena ou não.”

GP! : Qual era a sua fantasia mais assídua no bate papo? Chegou a realizar alguma na vida real?
G: “Era coisa mais rotineira, pelo menos pra mim, falava de coisas "normais", pegada, sexo oral, vaginal, anal, ejacular no rosto, mas eu não tomava as rédeas da situação. era uma coisa que rolava. Ia batendo a química e rolando os assuntos.”

GP! : Teve algum assunto que você achou bizarro e o fez parar a conversa?
G: “Assunto bizarro não, mas teve uma vez que a pessoa que teclava me fez perder a vontade de continuar o assunto. A pessoa já chegou com o papo: "coloque o seu polegar na cabeça do seu pau" eu simplesmente sai do papo. Não era aquilo que fazia. Eu não fazia sexo virtual para me masturbar, fazia para por a imaginação para funcionar... e como funciona.”

GP! : Você possuía parceiras fixas nas relações on line?
G: “Algumas já entravam me procurando, porque nos dávamos bem conversando. Eu gostava de teclar mais de uma vez com uma pessoa que havia me dado bem.”

GP! : Encontrou alguma pessoa que conheceu em chat pessoalmente?
G: “Não. Meus contatos não rompiam a barreira virtual.”

GP! : Por não ter oportunidade ou realmente queria ficar só no virtual?
G: “Acho que um pouco de cada coisa.”

GP! : Na internet algumas pessoas usam o anonimato para criar personagens ou se descrever de forma, até mesmo, exagerada. Você já mentiu sobre suas características ou se passou por alguém do sexo oposto?
G: “Sempre falei a verdade a meu respeito, a única coisa que escondi foi o meu nome.

GP! : Alguma transa pela internet chegou a ser tão (ou mais) prazerosa que na vida real?
G: “Não.”

GP! : Você acha que alguém que pratica o cyber sexo, tendo namorado ou sendo casado está traindo o companheiro? Por quê?
G: “Isso é muito relativo, depende do tipo de relação de cada um. Hoje em dia, eu não faria sexo virtual com ninguém além de minha parceira, pois o meu tipo de relacionamento com ela é completo. Agora se os dois entram em acordo de que podem fazer... isso vai de cada casal.”

GP! : Você concordaria de sua parceira fazer sexo virtual com outra pessoa e acha que ela se importaria que você fizesse?
G: “Não concordaria e acho que ela se importa sim.”

GP! : Fora a realização de fantasias, acha que o sexo pelo computador tem algo a acrescentar, no sentido de desenvolver o potencial sexual de alguém? Na vida real você se tornou mais criativo na cama após essas conversas picantes?
G: “Para mim não mudou em nada, pois sempre procurei me superar para realizar a minha parceira, tanto na vida real quanto na virtual.”
*Para preservar a identidade do entrevistado o nome foi alterado.


Agradecimentos:

Ao entrevistado Giácomo

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